“O
Código Da Vinci”, de Dan Brown, foi o grande sucesso literário do início do
século XXI. Lançado em 2003, trata-se de um thriller ficcional ou romance policial que se
tornou best-seller, com milhões de cópias vendidas. Até aqui tudo normal. É
próprio dos escritores norte-americanos escreverem romances policiais. O que se
tornou estranho é que o autor não só escreveu um livro de acordo com todos os
ingredientes que prevêem as escolas de romances (correrias, assassinatos e um
final feliz) como também faz duas afirmações, que diz serem verídicas, na
página inicial:
“FATO:
“O Priorado de Sião.
“Sociedade secreta europeia
fundada em 1099, é uma organização real. Em 1975, a Bibliothèque Nationale de
Paris descobriu um conjunto de pergaminhos, conhecidos como Les Dossiers Secrets, que identificam
numerosos membros do Priorado de Sião, incluindo Sir Isaac Newton, Botticelli,
Victor Hugo e Leonardo da Vinci. (…)
“Todas as descrições de
obras de arte, edifícios, documentos e rituais secretos que aparecem neste
romance são exatas.”
Os leitores adoraram. Surgiam “revelações”
fabulosas. Jesus não seria Filho de Deus. Morreu na cruz sem ressuscitar, ou
sobreviveu. Ele era um essênio, sacerdote egípcio ou maçom. Teria casado com
Madalena e gerado filhos que se tornaram os primeiros reis de França (a
dinastia Merovíngia). Esse segredo esteve protegido durante quase mil anos por
uma sociedade secreta chamada Priorado de Sião. De quebra, no romance os
restantes membros do Priorado de Sião são assassinados e combatidos por uma “maléfica”
prelazia católica, a Opus Dei. Leonardo da Vinci teria sido um dos
grãos-mestres do Priorado de Sião e deixou na Santa Ceia a revelação em código:
o apóstolo João foi substituído por Madalena. Restava saber onde estava João,
mas...
A maioria dos leitores não só adorou a
estória como, também, acreditou na sua veracidade. Grandes segredos do passado
estavam sendo desvelados. Como consequência, não havendo divindade em Jesus, a
Igreja Católica é uma falsidade. Sendo falsa, não se sustenta como autoridade
de uma falsa fé e desmorona. Esta a ideia contida subliminarmente no livro.
Em 2003, ano do lançamento do romance,
os Estados Unidos e aliados atacavam e invadiam o Afeganistão e o Iraque. Iniciava-se
a guerra não contra a Al-Qaeda, que sempre foi uma relutante aliada, mas contra
os países islâmicos, contra o próprio Islamismo enquanto religião. O império
não poderá impor a sua própria religião, baseada em um falso ecumenismo,
enquanto não destruir as duas maiores religiões do mundo: o Cristianismo e o
Islamismo. Dentro do Oriente Médio, onde se concentra a maioria dos países
muçulmanos, tem um grande aliado armado com ogivas nucleares: Israel.
Todas as armas são válidas para este
ataque final contra as grandes religiões – desde armas atômicas até a extrema
falsidade. Não tem sido caluniado diariamente Maomé, o profeta de Alá? Faltava
descristianizar o Cristianismo, e Dan Brown tomou a si esse trabalho. Ou foi
contratado para isso. O que não vem ao caso. O fato é que as “verdades”
contidas no livro são falsidades.
O Priorado de Sião não foi criado em
1099, mas é obra do mitômano francês Pierre Plantard, que mais tarde, passou a
assinar o seu nome como Pierre Plantard de Saint-Clair. Desejava ser rei da
França e criou a sociedade do Priorado de Sião em 1956. Em 1967, ele depositou,
na Biblioteca Nacional, o que apelidou de “Dossiês Secretos” – uma coletânea em
papel e não em pergaminho. A lista dos grãos-mestres do Priorado foi depositada
em 1967, na Biblioteca Nacional de Paris, e não em 1975. Com esses fatos
tornados falsos, inclusive a editora Mondadori, que
traduziu para o italiano O Código Da Vinci, recusou-se a
inserir esta página a partir da segunda edição do livro.
A falsificação começa com a
pesquisa que Dan Brown disse ter feito. Não houve. De acordo com Lincoln, Michael
Baigent e Richard Leigh, a falsa teoria do Sangreal ou sangue real é copiada do
livro que o trio escreveu em 1982: "O Sangue de Cristo e o Santo Graal", e, por esta razão, estão processando Dan
Brown.
O trio de escritores
ingleses fez escola e a suposta ‘dinastia’ de Jesus e Madalena assume diversos
nomes: “Sang Real” (Lincoln e
co-autores), “Fraternidade de Troyes” (Dafoe), “Rex Deus” (Simmans e
co-autores), “Fraternidade da Serpente” (Wood) ou “Ordem de Baphomet”
(Terhart), e ainda outros, segundo as inclinações e ao gosto dos autores que as
propõem.
Dan
Brown teria copiado principalmente o trio inglês, baseado também na pantomima pseudo-histórica
de Pierre Plantard, que, por sua vez, apoiou-se nos escritos de Gérard de Sède
– escritor que seria o responsável pela lista de grãos-mestres do Priorado de
Sião. De acordo com o escritor português Motta “(...) a obra do trio Lincoln, Baigent e Leigh deve ser lida como uma
obra de esoterismo popular e de história fantástica, que procurou aproveitar,
fora de França (onde o embuste do Priorado fora descoberto no final dos anos
setenta e início dos anos oitenta), a riqueza e a complexidade do material
compilado pelo Priorado de Sião. Dois dos autores, Michael Baigent e Richard
Leigh, fazem parte de organizações maçónicas anglo-saxónicas, e têm, por isso,
uma especial apetência por todo este material que, relembramos, teve a sua
origem numa vingança da Franco-Maçonaria contra os católicos que estiveram
envolvidos em ataques anti-maçónicos, como foi caso paradigmático o da farsa
perpetrada por Léo Taxil.”
Para quem desejar maiores
informações sobre o livro de Dan Brown, remeto a http://bmotta.planetaclix.pt/livro.htm
- “Do Enigma de
Rennes-le-Château ao Priorado de Sião – História de Um Mito Moderno”. Para complementar,
poderá buscar maiores informações em http://asmaioresmentirasdahumanidade.blogspot.com.br/2013/01/mentira-n-521-priorado-de-siao.html
onde o vídeo “Da Vinci Decodificado”, matéria do Discovery Channel, não deixa
dúvidas quanto à falsidade do Priorado de Sião e das supostas “verdades” que “O Código Da Vinci” propõe ao leitor. Outra página da internet que desmistifica o
livro é http://www.ultimasmisericordias.com.br/Pagina/3443/O-CODIGO-DA-VINCI-Sua-desmistificacao-Ler-ou-nao-ler-o-livro-ver-ou-nao-ver-o-filme
Ao leitor consciente, que gosta de
pesquisar e tem amor à verdade. No entanto, aqueles leitores de fim de semana,
que leram e se encantaram com o livro de Dan Brown jamais aceitarão perder a
ilusão. Convêm lembrar que vivemos em um mundo de ilusionismos midiáticos em
que a maior interessada em que continue assim é a massa iludida. Qual seria o
razão do livro, senão escrever para essa imensa maioria que jamais se dará ao
trabalho de pesquisar ou verificar minimamente a veracidade das suas
informações? Sabendo o autor que poderia (e já o foi) ser desmentido
facilmente, o importante era atingir a grande massa de leitores que não
critica, não discute e vive de superficialidades. Isso já seria o suficiente e
teria atingido o seu objetivo. Ou um dos objetivos. São eles: 1) Dessacralizar
Jesus Cristo, forjando uma imagem de mero mortal; 2) Atacar diretamente a Igreja
Católica através de uma das suas Prelazias, a Opus Dei, que é satanizada por Dan Brown.
Outro livro de Dan Brown que virou
filme é “Anjos e Demônios”, onde o autor ataca a Igreja Católica de todas as
maneiras, provocando, em muitos momentos, o efeito contrário ao que desejava,
mas deixando no pensamento dos mais crédulos a possibilidade da Igreja ser a
grande inimiga do progresso e da humanidade.
Dan Brown está sendo usado pelos
maçons-Illuminati ou é um maçom-Illuminatti que se finge de indignado, sendo
patrocinado pelo império para tentar minar a Igreja Católica nas suas bases
morais e dogmáticas?
É óbvio que a Igreja tornou-se um alvo
dos que a querem destruir para impor a sua nova ordem mundial para um mundo
formado por multidões de robotizados.
O homossexualismo sempre existiu não só
dentro da Igreja como em todas as instituições e atualmente é defendido como
uma escolha pessoal que não deve ser contestada. No entanto, a palavra foi
transformada em pedofilia quando se trata da Igreja, e muitos tem sido os casos
de padres pedófilos nela encontrados, a ponto de a mídia sair a cata de
suspeitos e candidatos a pedófilos e expor os seus casos detalhadamente – desde
que Bento XVI assumiu o pontificado.
Para a Igreja isso foi ótimo. Pode,
finalmente e com o apoio da mídia interessada, saber quem é quem e limitar as
ações ou excluir os culpados de sodomia dos seus quadros. Mas não é esta a
intenção da mídia submissa. As ordens que recebe é para mostrar a Igreja como
um antro de homossexuais e devassos para que os padres católicos percam toda a
sua credibilidade.
Em 2012, Bento XVI afirmou que a Igreja
é contra o casamento de homossexuais. Todos aqueles que caçavam pedófilos na
Igreja passaram a atacar a Igreja que não admitia homossexuais casados. Ultimamente,
quando do anúncio da renúncia do Papa, a mídia catequizada levantou a hipótese
de que o Papa estaria renunciando devido a um poderoso lobby gay. O que é, no
mínimo, risível, mas todas as teorias são aceitas pela massa neste instante de
passividade pública.
Atacaram Bento XVI por todos os lados.
Descobriram que ele tinha servido no exército alemão durante a II Guerra
Mundial e passaram a chamá-lo de nazista, esquecendo-se de que, naquela
ocasião, ele estava cumprindo a sua obrigação como soldado da sua pátria. E um
soldado não deve discutir ordens ou interferir na ideologia do Estado.
Mas não foram esses ataques que
resolveram o Papa a renunciar. Dentro do Vaticano, poderosas forças se uniram
para forçá-lo a isso. Bento XVI descobrira que o Banco do Vaticano continuava
sendo manipulado por maçons, ameaçando toda a estrutura da Igreja. Revoltou-se
contra o que chamou de “capitalismo desumano”. Já era tarde, porém, e ele tinha duas alternativas: ser morto,
como João Paulo I ou optar pela saída estratégica: renunciar.
(Continua).
Mais informações e análises sobre Bento XVI. O por que da renúncia passo a passo. A desmitificação da mídia oficial. Excelente!
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