segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

DESERTOS



Quando todas as luzes se apagaram

E a solidão venceu o riso e a alegria...



Quando o medo, incontrolável, tomou conta
E todos os poetas desistiram de louvar a Rosa
E se refugiaram em versos roucos de desilusão...

Quando, depois de séculos de busca,
Aos filósofos só restou a apatia e o desespero...

Quando o último gesto foi contido
E o último ideólogo, perplexo,
Sentiu que ia morrer...

... Ouviu-se, ainda,
Um grito-murro de revolta
( Talvez de um Prometeu ressuscitado )

E a derradeira palavra,
A mais humana,
A semente da contradição
- O positivo Não –


Foi pronunciada.

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