Dilma foi aos Estados
Unidos para pedir absolvição para Obama. Não quer ficar conhecida como a
primeira Presidente a renunciar ou a ser derrubada do cargo, devido à sua absoluta
incompetência, cegueira política e, quem sabe, corrupção. Assim que assumiu o segundo
mandato, Dilma promoveu uma política recessiva, exatamente a mesma que seria
feita por Aécio se ganhasse as eleições. Ficou com medo. Ficou apavorada com o
golpe que parecia iminente e encolheu-se, diminui-se, tornou-se uma anã moral
ao repudiar tudo o que havia dito em sua campanha para a reeleição. Os 55
milhões de brasileiros que votaram nela, hoje talvez não votassem no Aécio, mas
a grande maioria, com certeza não votaria na Dilma. Além do mar de lama,
teríamos um mar de votos em branco ou votos nulos.
Os milhões que
votaram em Dilma e Aécio não o fizeram por amor aos programas políticos dos
dois candidatos, principalmente porque nenhum deles apresentou qualquer
programa político. Os votos foram um rotundo “não” contra o tipo de política
que é feito no Brasil. Quem votou na Dilma – e foi posteriormente enganado –
acreditou que ela faria um governo em apoio ao povo e à classe trabalhadora.
Depois de eleita, Dilma Roussef preferiu governar para os banqueiros, o FMI e
as multinacionais. Exatamente como faria Aécio.
Quanto ao candidato
da direita, este teve várias espécies de eleitores. Houve aqueles que votaram
no Aécio simplesmente porque não agüentavam mais a Dilma, suas manias, sua
demagogia e seu dilmês. Uma porcentagem pequena votou no Aécio induzida pela
imprensa golpista estilo Globo-Veja, em protesto contra o PT no governo. Outros
votaram no Aécio porque acreditam que a Dilma representa a corrupção que acontece
no Brasil desde a implantação da ditadura militar. Os mais conscientes votaram
no Aécio porque são conscientemente reacionários, nada conhecem de política e
tem medo de qualquer governo que se diga timidamente popular.
Todos disseram não a
um modelo político que está completamente decadente e não representa o povo e
sim as oligarquias que governam os governantes desde o golpe da República. Um
modelo político que só funciona para países ricos, como Estados Unidos e
Inglaterra, que dominaram o mundo graças aos seus exércitos, ao promoverem
guerras de conquista invadindo países para roubarem as suas riquezas e
apelidaram os seus atos de pirataria de implantação da democracia. Um modelo
político que data da Revolução Francesa, quando a burguesia suplantou a monarquia
com o apoio do povo esfomeado, que logo foi reprimido.
Atualmente, esse tipo
de democracia está liquidando a economia de países como Grécia, Espanha e
Portugal na Europa ocidental e amesquinhando os países do leste europeu,
tornando-os dependentes da troika
formada por FMI, Banco Europeu e União Européia. Uma nova democracia que
arrasou a maioria dos países africanos, hoje enfrentando um processo de
recolonização que leva à absoluta dependência. Uma “democracia” do capital que
está destruindo o Oriente Médio com o apoio de um falso “Estado Islâmico”, subjuga
a maior parte da América Latina e ameaça os países que a ela se opõem com a
guerra nuclear. Uma “democracia” que promove golpes militares e usa as Forças
Armadas dos países que deseja dominar como peões de uma política nefasta para a
humanidade.
A essa “democracia”
Dilma se rendeu, ou se vendeu, desmascarando e caracterizando o seu partido, o
PT, como mais um partido reacionário, demagógico, ilusionista, enganador. Desde
a época do Lula como presidente que se percebia que o discurso do PT era um e a
prática o seu oposto. No entanto, muitos acreditavam que isso era devido à
falta de cultura política de Lula, ao seu analfabetismo funcional, e que os
erros na condução de uma política meramente assistencialista passariam como uma
febre infantil. Logo se viu que a política de alianças com os partidos mais à
direita era o principal objetivo do PT, o que implicava em corrupção.
Na política externa,
o PT aproximava-se dos Estados Unidos, deixando-se conduzir obedientemente. Foi
assim que o Brasil de Lula foi um dos protagonistas da invasão do Haiti, até
hoje não devidamente explicada. Percebia-se que as Forças Armadas brasileiras
agiam de maneira totalmente independente do Governo, como se houvessem dois
governos no Brasil: o civil e o militar. O civil para enganar o povo, o militar
para seguir os ditames do império. Acreditava-se, no entanto, que isso
acontecia porque os governos civis eram reféns das Forças Armadas desde 1989,
quando foi votada uma Constituição ditada pelos setores mais retrógrados,
privilegiando o capital e as classes dominantes.
Também se acreditava
que o PT era um partido de esquerda que mudaria o país. Vendeu-se o PT,
rendeu-se a Dilma? Ou o PT de Lula, Dilma e todos aqueles que se diziam
guerrilheiros - tão guerrilheiros como o famoso Cabo Anselmo - já estavam
vendidos e rendidos antecipadamente, propondo uma política de pseudo-reformas
em troca do poder de roubar? Literalmente, enganaram meio mundo. Até países
socialistas acreditaram que Lula seria um segundo Chávez, ou Fidel ou, pelo
menos, um simples Pepe Mujica, quando, na verdade, ele não passa de um segundo
José Sarney.
Muitos petistas de
carteirinha votaram na Dilma pensando que ela seria uma segunda Cristina
Kirchner, mas há uma grande diferença entre as duas. Ao contrário de Dilma,
Cristina ama o seu país, é nacionalista e não uma entreguista acomodada às
ordens das multinacionais. Ao contrário de Dilma, Cristina combate de frente os
abutres econômicos. Ao contrário de Dilma, Cristina apóia países como
Venezuela, Equador, Bolívia e tantos outros que desejam um caminho próprio e
verdadeiramente independente. Ao contrário de Dilma, Cristina não se curva aos
Estados Unidos.
Para mostrar a
independência do seu país, recentemente Cristina visitou a Rússia, país que
está sendo cercado por forças dos Estados Unidos e da OTAN. Dilma, ao
contrário, acaba de fazer uma visita aos Estados Unidos, país declaradamente
inimigo da América Latina e que sobrevive através das guerras e golpes de
estado que provoca em todo o mundo. Levou com ela Joaquim Levy, ministro a
serviço do FMI e das multinacionais e que promove a recessão no Brasil com o
aval de Dilma, para tornar o nosso (?) país definitivamente feudatário dos
bancos internacionais.
No país de todas as
fantasias e onde se planeja o domínio do mundo, Dilma sorriu muito para Obama e
assinou tudo que ele pediu inclusive um acordo de cooperação na área de defesa.
O acordo prevê a cooperação do Brasil no “combate ao terrorismo”. Os Estados
Unidos consideram a Venezuela um “país terrorista”. Ao assinar esse acordo o
Brasil se compromete militarmente a combater a Venezuela.
Os setores mais
fascistas das Forças Armadas brasileiras estão muito felizes com Dilma, que se
revela uma senhora bem educada por eles. Nem pensam em dar um golpe de Estado:
o golpe já aconteceu em 1964 e continua a ser referendado pelos governos
aparentemente civis. Dilma foi realmente uma guerrilheira ou sua prisão de dois
anos foi um período durante o qual ela foi recrutada pela direita e depois
infiltrada em partidos de centro-esquerda, primeiro no PDT e depois no PT? E
Lula? Quem é realmente Lula?
O primeiro resultado
da adesão descarada de Dilma ao império refletiu-se no voto contra a Síria, na
ONU, apoiando resolução dos Estados Unidos e demais países capachos. Até o
jornal “Vermelho”, órgão do PCdoB, até então aliado do PT, mostrou-se indignado
com a mudança de posição do governo brasileiro. Segue um trecho da matéria do
jornalista Wevergton Brito no Portal
Vermelho, intitulada “O lamentável voto brasileiro contra a Síria”.
“(...) A lamentável
mudança na posição brasileira ocorre pouco depois de uma visita da presidenta
Dilma aos Estados Unidos onde, para surpresa de todos, reuniu-se com um
conhecido criminoso internacional, Henry Kissinger, um dos principais
articuladores dos golpes contra Salvador Allende e João Goulart (...)”
Não precisava tanto.
Só o fato de ir aos Estados Unidos, antro do terrorismo internacional, e encontrar-se
com Barack Obama para ouvir as suas ordens depois de ser alvo de espionagem
ianque reflete a falta de caráter de Dilma e de todo o governo brasileiro.
Provavelmente, Dilma foi aos Estados Unidos para pedir a absolvição do envolvimento
na corrupção da Petrobras. Por tabela, deve ter pedido perdão para o Lula. Os
outros podem ir presos. Dilma traiu? Há fortes indícios de que já era uma traidora
antes de seu primeiro mandato. Ela e Lula.
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