Chamaram-no de “fascista”
porque propunha um governo nacionalista voltado para a defesa do povo.
“Fascista” também seria Perón, na Argentina, a quem o povo adorava. Tentaram,
de todas as maneiras, desconstruir a sua imagem, porque desejavam, como ainda
hoje, um Brasil manipulado pelas multinacionais – e ele era contra a entrega do
país para o estrangeiro. Era atacado por uma esquerda capenga e sem base
doutrinária – porque ele fazia as reformas que aquela esquerda pregava. A
direita rançosa o agredia, porque ele tinha acabado com a maioria dos seus
privilégios, fizera o povo acordar e lutar pelos seus direitos.
Criou as leis trabalhistas e
toda a estrutura jurídica e social que hoje conhecemos e desejava um Brasil de
verdade, formado por pessoas conscientes e criativas, e não um parque de
diversões para ianques ou o circo da falsa democracia que hoje conhecemos, tornando
os cidadãos palhaços manipulados por corruptos.
Era sério, e ficaria pasmo com
o governo de um Fernando Henrique entreguista, que chegou a repudiar os seus
próprios livros para ser eleito Presidente. Tinha larga visão, e ficaria
apavorado com o populista governo Lula, Presidente que gostava de servir como
garoto de recados dos Estados Unidos e traiu as suas próprias promessas. Amava
o Brasil, e seria o primeiro a se revoltar contra o governo Dilma que defende o
neoliberalismo que provoca a dependência econômica, é aliado do latifúndio
devastador e desumano e das grandes empresas que destroem a Amazônia.
Fez uma revolução para
transformar o Brasil, mas teve que se apoiar em militares que depois se
revelaram traidores e o depuseram em 1945, ao voltarem de uma guerra que não
era nossa, mas que serviu para deixá-los deslumbrados com o capitalismo
norte-americano que passava a dominar metade do mundo. Na ocasião, ele afirmou
que o Brasil somente iria para a guerra na Europa se a cobra fumasse. Os golpistas
que queriam o Brasil para os Estados Unidos e que mais tarde, em 1964,
repetiram o golpe com mais furor e covardia, usaram no uniforme uma cobra
fumando.
Só então ele aprendeu que uma
revolução não deve ser feita por elites e “doada” para o povo, mas pelo próprio
povo organizado em defesa própria. Quando voltou ao governo, em 1950, sufragado
por esmagadora maioria, apoiou-se nos partidos políticos que havia criado,
principalmente no PTB que, na época, era um partido verdadeiramente
trabalhista, e não oportunista, como hoje.
Não adiantou. A defesa das
nossas riquezas, com a criação da Petrobrás e da Eletrobrás, e a lei que
limitava a remessa de lucros para o estrangeiro, provocaram a revolta das
oligarquias que o odiavam e dos cartéis que desejavam repartir o país entre si –
como hoje fazem. Desde Washington, foi orquestrada uma nefanda campanha de
difamação que culminou no seu suicídio na madrugada de 24 de agosto de 1954.
Naquela noite, os políticos que
o cercavam e bajulavam, se revelaram – assim como os militares – falsos. E o
povo estava desarmado contra a cobra que fumava cada vez mais. Só lhe restou
uma saída. O seu nome era Getúlio Vargas e nunca será esquecido.
Belo texto sobre o saudoso Getúlio Vargas. Parabéns!
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