A
pasmaceira de Renato só pode ser comparada à petrificação de Dida no gol do
Grêmio. Dida é um goleiro pétreo: talvez pelo nome, por ter sido da Seleção, não
dá lugar ao excelente Marcelo Grohe. E é um goleiro petrificado: fica olhando a
bola passar e entrar no seu gol. Há torcedores contando os frangos que Dida
levou nos últimos jogos. Estão errados. Frango é aquela bola facílima que chega
a bater nas mãos do goleiro, ou nas pernas, e passa lentamente para as redes.
Dida não leva frangos. Apenas não pega chutes ou cabeçadas que outros goleiros
mais ágeis e com melhores reflexos defenderiam. Fica ali, parado, com a mesma
expressão. Petrificado.
Renato,
por seu lado, está pasmo. Isso é uma espécie de doença que acontece com todas
as pessoas algumas vezes em suas vidas. Pasmar. Admirado consigo mesmo, ao mais
das vezes contemplando a sua sombra ou reflexo, o atual treinador gremista
pasmou.
É
certo que se mexe e grita e fala e vocifera e possivelmente orienta os
jogadores, mas nada faz, além disso. Escolheu um time sem ataque, sem defesa,
sem meio de campo e sem goleiro e disse para si mesmo: “Eis o time!”. Quando
começa a levar gols, faz substituições de praxe e, ao mais das vezes, erradas.
Depois da partida, elogia o adversário, para total desânimo dos seus próprios
jogadores.
Está
longe do Renato agressivo que treinou o Grêmio há uma temporada atrás, pouco
antes do empresário Luxemburgo, que também é tido como treinador. Mudou
radicalmente e virou retranqueiro. E, de retranca em retranca, jogo após jogo,
leva inúmeros gols e deixa os seus jogadores desesperados, coitados. Eles não
são ruins de todo e fazem o possível para que a bola não chegue ao seu gol,
onde está o petrificado Dida.
Dizem
que o grande erro de Renato é não colocar os bons jogadores em campo: Maxi
Rodriguez, Elano e Zé Roberto. Renato prefere Yuri Mamute. Não escala ninguém
que possa fazer sombra à sua antiga carreira de grande craque gremista.
Escolheu a mediocridade e este não é o Renato que eu conheço ou que a torcida
do Grêmio esperava. Falta ânimo e vontade de vencer.
É
necessário dar corda ao Renato, quem sabe um complexo vitamínico, uma sessão de
hipnose, qualquer coisa que o livre da pasmaceira em que está inebriado. Uma
injeção de ânimo. Falam por aí que é soberba e arrogância. Acho que não: é
pasmaceira mesmo.
Entendo pouco de futebol, mas concordo com o blogueiro à respeito do treinador Renato. E acrescento ao perfil do mesmo: arrogância. Valeu!
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