Foi
a primeira vez que o povo não acompanhou a apuração para Presidente da
República. Aliás, “acompanhar a apuração” é um forçado eufemismo. O povo não
acompanha apurações desde 1996, quando as urnas virtuais tomaram o lugar do
voto físico. Mas, pelo menos, em outras ocasiões era possível ficar sabendo
como estava indo a (por assim dizer) apuração, em todo o país. Durante todo o
dia 26, até às 17hs, as pessoas votaram, ou assim pensaram ao apertar os botõezinhos
numerados e ouvir o barulhinho da urna eletrônica, e depois nada mais justo
que, pelo menos, lhes fosse oferecido o prazer virtual de saber como a eleição para
Presidente estava indo, em sua apuração.
Que nada! Tudo secreto, secretíssimo.
Soube-se depois que alguns eleitos, os mais iguais dentre os iguais,
acompanharam desde o início. Entre eles, os membros do TSE. Também foi
veiculado muito depois, que Aécio Neves liderou a eleição do segundo turno até
80% dos votos apurados. Coincidentemente, quando Dilma passou na frente,
provavelmente com a avalanche dos votos do Nordeste, já eram 20hs e só então o
povo poderia saber o resultado final das eleições.
Segundo o TSE, isso foi devido ao Acre,
e ao horário de verão que coloca aquele estado três horas à frente dos demais
estados da Federação, e 20hs em Brasília é igual às 17hs no Acre e a legislação
eleitoral não permite a divulgação de resultados enquanto a eleição estiver
ocorrendo. Fica a pergunta: porque as eleições no Acre não foram realizadas no
sábado, 25? As urnas ficariam lacradas (se é que urnas eletrônicas podem ficar “lacradas”)
e seriam as primeiras a serem abertas às 17hs de Brasília, no dia 26. Nada mais
simples. Neste caso, porém, observe-se que as primeiras urnas a serem “apuradas”,
forçosamente seriam as do Norte e do Nordeste onde Dilma virtualmente teve a
maioria, e somente depois as urnas do Centro-Oeste Sudeste e Sul, com grande
vantagem de Aécio.
Se
não houve fraude nada mudaria, apenas uma maior expectativa dos eleitores de
Aécio Neves – mas talvez exista alguma lei eleitoral (que eu desconheço)
especificando que as primeiras urnas a serem apuradas são as do sul do país,
depois sudeste, Centro-Oeste, etc. O fato é que nós, meros eleitores, somente ficamos
sabendo do resultado das eleições depois que as urnas já estavam quase
totalmente apuradas, Dilma eleita por mínima porcentagem e grande suspeita de
fraude.
Depois do Mensalão, do roubo
na Petrobras, dos seis ministros que a Dilma teve que destituir em seu primeiro
mandato, incluindo o Palocci... Depois da campanha nada ética patrocinada pelo PT...
Depois das insistentes denúncias de compra de votos... Depois que se soube que
o presidente do TSE é o Dias Toffoli, ligado ao PT, e principalmente, depois
que pipocaram na internet as denúncias de fraude nas urnas eletrônicas, nada
mais natural que o PSDB - por mais orgânico que seja ao poder e suas
instituições - solicitasse ao TSE a auditoria das eleições.
E
pediu de joelhos, quase dizendo “por favor”, afirmando que confia no processo
eleitoral, dizendo-se pressionado pelo povo que votou no Aécio e não se
conforma com a probabilidade de fraude nas urnas eletrônicas e quer saber a
verdade. O PSDB é assim. Talvez mude e se torne um partido mais combativo, mas,
se preferir continuar em aparente apatia, deve, ao menos, ter a consciência de
que os eleitores de Aécio não comungam, necessariamente, dos ideários do
partido do senador.
Eis
que, logo após o pedido de auditoria nas eleições, o procurador- geral da
República, Rodrigo Janot, enviou ao TSE um parecer contrário à auditoria nas
eleições. Diz que a auditoria poderia comprometer a credibilidade do sistema
eleitoral – mas a credibilidade do sistema eleitoral já está comprometida e
ficará ainda mais, caso a auditoria seja negada. Fala sobre a petição virtual
pedindo o impeachment de Dilma, sobre acirramento e discurso de ódio nas redes
sociais – mas não justifica porque não deseja a auditoria. Parece um
representante do PT.
Também
o Corregedor do TSE, João Otávio de Noronha, diz que não há fatos “que possam
colocar em xeque o processo eleitoral”. A que tipo de “fatos” ele se refere?
Não bastam as inúmeras denúncias na internet, ou seria necessário que essas
denúncias fossem veiculadas pela rede Globo, sabidamente aliada ao poder? O
fato principal é que há uma desconfiança generalizada sobre as urnas
eletrônicas e se o TSE proibir a auditoria pedida pelo PSDB, então haverá uma “certeza”
de que houve fraude nas eleições.
Várias
são as maneiras de fraudar as urnas eletrônicas e muitas delas já foram
veiculadas neste blog. Exemplos: “O Voto dos Cordeiros nas Eleições dos Bodes”,
publicada em 13 de novembro de 2010 (http://fausto-diogenes.blogspot.com.br/2010/11/o-voto-dos-cordeiros-nas-eleicoes-dos.html),
“A Ditadura é Assim”, matéria publicada em 17 de junho de 2013 (http://fausto-diogenes.blogspot.com.br/2013/06/a-ditadura-e-assim.html),
“A Respeito de Fraudes”, publicada em 5 de outubro de 2014 (http://fausto-diogenes.blogspot.com.br/2014/10/fraude.html),
“Fraude Anunciada?”, publicada em 22 de outubro de 2014 (http://fausto-diogenes.blogspot.com.br/2014/10/fraude-anunciada.html)
e convido o leitor a visitar o site “Fraude nas urnas eletrônicas” (http://www.fraudeurnaseletronicas.com.br/).
O
que me parece é que esses senhores do TSE, assim como o procurador-geral da
República, tem pouco conhecimento a respeito das urnas eletrônicas e querem se
apegar à necessidade de que elas (as urnas) “devem” ser invioláveis. Deveriam,
mas a maioria dos países do mundo prefere usar o voto de papel. Demora mais
para a contagem dos votos, mas é infinitamente mais confiável.
Alguns
detalhes a respeito de fraude em urnas eletrônicas, que podem ser comprovados
no site “Epoch Times” (http://www.epochtimes.com.br/especialistas-afirmam-sistema-urna-eletronica-brasileira-passivel-fraude/#.VFkVbWcQePg):
“Após
a ordenação dos votos, os fraudadores que queiram coagir eleitores podem anotar
a ordem de votação dos eleitores e identificar o voto de cada indivíduo
co-relacionando com a hora nos arquivos de log (sendo esta uma informação
disponibilizada publicamente)”. Portanto, o voto não é secreto.
“A
urna DRE grava o voto diretamente em sua memória digital, porém não possibilita
aos eleitores que verifiquem que seus votos foram gravados corretamente.”
“Devido
à impossibilidade de auditoria de gravação dos votos as urnas DRE foram
rejeitadas em 50 países e declaradas inconstitucionais na Holanda e na
Alemanha.”
“Nas
eleições municipais de 2012 houve registro de possíveis fraudes em 94
municípios brasileiros, sendo 30 destes no estado de São Paulo.”
“A
Diebold, empresa fabricante e fornecedora das urnas eletrônicas utilizadas pelo
Brasil, recebeu multa de 50 milhões de dólares do Departamento de Justiça dos
Estados Unidos da América por corrupção (suborno de funcionários públicos
estrangeiros), falsificação de documentos e colaboração com fraudes na China,
na Rússia e na Indonésia.”
Portanto,
as denúncias que estão acontecendo na internet estão perfeitamente embasadas
por fatos e acontecimentos envolvendo urnas eletrônicas que podem sim ser
fraudadas.
Além disso, conforme o site do jornal Tribuna da Bahia (http://www.tribunadabahia.com.br/2014/11/04/eleicoes-duvidosas)
“desde que os técnicos da Universidade de Brasília disseram que nossa urna
eletrônica é fraudável, nunca mais foi feito o teste público dessas urnas. Daí
a proibição do TSE para que não se faça nenhum teste público antes das
eleições. Essa decisão é criticada por especialistas, já que os testes poderiam
mostrar as falhas e contribuir para a melhoria do sistema de registro e
contagem dos votos".
"O problema – mesmo que não haja qualquer erro ou fraude na
contagem dos votos – é o fato do ministro Dias Toffoli ter sido advogado do PT,
patrono de uma resolução que amordaçava o Ministério Público Eleitoral,
integrante da chamada maioria circunstancial garantidora da impunidade no
Supremo Tribunal Federal e amigo da cúpula petista. Diante desses fatos, fica
difícil acreditar em algo perfeito”.
Eu acompanhei muito seu blog por um tempo, era muito coerente.
ResponderExcluirAtualmente vejo uma dor de cotovelo grande de sua parte por conta da derrota do PSDB.
Caro Fausto, sabemos muito bem o que é o partido globalista, eu mesmo não tenho partido, acima de mim ninguém e nada.Vamos começar a olhar o lado cheio do copo.temos que nos livrarmos dessa sublevação econômica a que somos submetidos desde 64 pelos Americanos, chegou a hora de nos livrarmos dessa turma que você mesmo já escreveu sobre eles(illuminatis)....Viva o Brasil ! Viva a América do Sul !
Olá Fausto,
ResponderExcluirEu sou o anônimo que disse que você estava com dor de cotovelo.
Primeiramente quero me desculpar por ter escrito por impulso, você não merece ser tratado assim, você merece ser tratado com respeito, eu respeito muito sua inteligencia.
Eu disse o que disse, pois sou Mineiro , sou empresario desde meus 17 anos(fui emancipado) hoje tenho 45.E posso lhe dizer por experiencia que o Aécio não é nem 10% do que pregam, foi o pior governo que eu já assisti aqui em Minas, estou até pensando em dar baixa na minha empresa e abrir em SP, por conta dos altos impostos.Também conheço os bastidores da politica, meu Pai é do PMDB aqui da minha cidade e posso lhe dizer com toda certeza que todos, todos os partidos sem tirar nenhum, não prestam.
Você viu o acordo assinado entre Brasil e Uruguay ? então, é isso que queremos, sair da dependência do dollar.
O que precisamos fazer é trazer LUZ para as pessoas que não tem visão da realidade como ela é.Vou continuar a ler seus Posts pois são excelentes.
Postei anônimo pois a minha intenção era me comunicar somente com você, não precisa publicar meu comentário e caso queira conversar meu email é: mmbmarco@gmail.com
Meu nome é Marco Antonio.
Um grande abraço, muita LUZ, Harmonia e Paz para você e toda sua Família.
Continue escrevendo, é de grande importância sua contribuição.
Muito boa matéria ainda sobre as eleições para presidente. Ótima análise! Parabéns!
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