Aécio
Neves da Cunha é o nome completo. Provavelmente por razões políticas, adotou só
o sobrenome Neves e omite o nome do pai: Cunha. Será parente do Eduardo Cunha?
Eu estava pesquisando sobre a possível repercussão das declarações de Paulo
Roberto Costa e Alberto Youssef na CPI da Petrobrás, no dia 25, ocasião em que
incriminaram Aécio Neves por recebimento de propina, assim como Sérgio Guerra,
então presidente do PSDB, morto em 2014. E descobri que o Aécio também é Cunha.
Curioso como existem pessoas que não gostam de usar o nome do seu pai. Algumas
por interesse, outras também. Interesses os mais variados. No caso do Aécio, o
interesse é político. O sobrenome Cunha não tem qualquer destaque. Neves lembra
Tancredo Neves, avô materno de Aécio.
Quanto
à repercussão – pasmem! -, nenhuma. Ao menos nas edições virtuais dos jornais
da oposição, como Globo, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. Para esses
jornais – e tantos outros que compõem a mídia vendida a interesses não
exatamente nacionais – o nome Aécio não pode ser vinculado a corrupção.
Tampouco a sigla PSDB.
O
Portal UOL chegou a trocar o título da mesma matéria em menos de 24 horas. O
primeiro título era: “Youssef e Costa confirmam repasse de propina a Aécio
Neves e Sérgio Guerra”. Mudaram rapidamente para: “Em CPI, Youssef e Costa
citam repasse de propinas a tucanos”. O Jornal Nacional deu uma breve nota
sobre o assunto e preferiu enfatizar a defesa de Aécio Neves da Cunha.
Rodrigo
Janot, Procurador-Geral da República, preferiu não indiciar Aécio Neves (da
Cunha?) na Operação Lava jato, desconhecendo denúncia da promotora Andréa Bayão
Pereira sobre caixa 2 na chamada “Lista de Furnas” – relação que contém nomes
de mais de 150 políticos de diferentes partidos. Aécio diz que a “Lista de
Furnas” é fraude, mas uma perícia da Polícia Federal confirmou que ela não foi
forjada.
Segundo
o delator Youssef, a propina era paga pelo empresário Airton Daré, dono da
empresa Buruense, fornecedora de Furnas. PP (Partido Progressista, ex-ARENA) e
PSDB compartilhavam uma diretoria de Furnas. Segundo Youssef, os pagamentos
mensais eram de 100 mil dólares entre 1996 e 2000. (http://www.viomundo.com.br/).
Ninguém
acredita que o ministério público, muito menos o Procurador-Geral da República,
Rodrigo Janot, indicie Aécio. Neves da Cunha. Ao contrário do ditado mineiro,
pau que dá em Chico não dá em Francisco. Chico é somente um Chico-Ninguém,
Francisco é gente fina. E gente fina, todos sabem, é outra coisa. Gente fina
tem nome e sobrenome. Como o Aécio Neves da Cunha, ou só Aécio Neves.
E
quanto ao Sérgio Moro, que já está virando piada na internet como o
inquisidor-mor da oposição, vai determinar abertura de inquérito contra Aécio Neves da Cunha?
Na sua tentativa de deslegitimar a política – o que daria espaço a um golpe de
Estado, por supuesto -, Moro tem sido claramente seletivo e nessa seleção não entra
ninguém do PSDB. Muito menos o Aécio Neves. Da Cunha.
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