domingo, 11 de maio de 2014

LÚCIFER E OS REFERENDOS NA UCRÂNIA




Dia de referendos na Ucrânia. As regiões de Lugansk e Donetsk desejam a independência, mas o governo golpista de Kiev diz que não reconhece o referendo. Os separatistas negam a autoridade do governo marionete, manipulado por Estados Unidos e União Européia e comparecem às urnas para dizer não ao fascismo. Um fascismo que se origina nos Estados Unidos e se espalha pela Europa, notadamente Inglaterra, Espanha, França, Alemanha... 

   O presidente da França, François Hollande, disse que o referendo foi nulo, mas quem liga para o senhor François, que pertence a um partido socialista que, de socialista só tem o nome e tem por hábito a obediência cega a Obama? Houve tempos em que líderes franceses foram respeitáveis, mas faz tanto tempo... Talvez antes da II Guerra Mundial. Antes da Europa se transformar em um campo de pouso estadunidense. 

   A senhora Ângela Merkel, chanceler da Alemanha, afirma que o referendo é “ilegal”. Mas como levar fé nas palavras da senhora Merkel que, politicamente, pula de galho em galho? Na época da Alemanha Oriental, pertenceu à Juventude Livre Alemã, grupo de orientação comunista, mas, logo que houve a reunificação da Alemanha, passou para o Partido Democrata Cristão e foi confirmada na religião luterana. Recentemente, assim como a senhora Dilma, foi alvo de espionagem pelos serviços de informação dos Estados Unidos e, assim como a senhora Dilma, o máximo que fez foi protestar, e continuou a obedecer às ordens de Obama. 

  David Cameron, primeiro-ministro britânico, desdenha dos separatistas ucranianos e quer a Ucrânia inteira para a Inglaterra e para os Estados Unidos. Com alguma coisa para os demais países da União Européia. Cameron acredita-se uma pessoa muito séria e respeitável, mas como levar a sério uma pessoa tão ligada ao grupo Rothschild, ao HSBC Company e a todos aqueles bancos e instituições financeiras que pretendem devorar o mundo? 

    O grande matador de elefantes, o rei Juan Carlos da Espanha, anda muito amuado com tudo o que está acontecendo na Ucrânia e já foi até visitar o Papa, pedindo que reze pela unidade da Ucrânia, para que possa ser desfrutada inteiramente por países europeus e – claro! – os Estados Unidos. Mas como levar em conta palavras de um rei que recebeu o seu trono de presente do fascista Francisco Franco? 

   E Obama, que exerce temporariamente o cargo de imperador de toda essa turma, anda com a crista muito baixa desde a reintegração da Criméia à Rússia. Não quer nem ouvir as palavras referendo, liberdade, emancipação.  

    O negócio dele é guerra. Quer porque quer uma guerra na Ucrânia, uma guerra contra a Coréia do Norte, contra a Síria, o Irã, a Venezuela... As grandes empresas bélicas exigem guerras, e Obama atua como gerente oficioso dessas empresas. Já enviou soldados, navios, aviões para países vassalos que fazem fronteira com a Rússia e Ucrânia, como Moldávia, Letônia, Geórgia e Polônia; atiçou mercenários da Greystone Academi contra os separatistas da Ucrânia e espera desesperadamente que a Rússia reaja. 

     Mas como acreditar em um exército desmoralizado no Iraque e no Afeganistão e que tenta invadir a Síria e não consegue? Ainda não completou um mês que o destróier dos Estados Unidos USS Donald Cook foi corrido do Mar Negro por um caça russo desarmado, ou apenas armado com um sistema de neutralização radioeletrônica que neutralizou o sistema de defesa anti-aérea do navio. O Donald Cook fez meia-volta e ancorou em um porto da Romênia onde 27 marinheiros do navio teriam pedido demissão. Medo. 

   Medo é o que estamos sentindo, desde que o império passou a ser derrotado a cada investida contra a Rússia. Estados Unidos e europeus amigos são suficientemente loucos para provocarem uma guerra atômica e, se isso acontecer, só nos restará dizer – como no livro “Um Cântico Para Leibowitz”, de Walter M. Miller Jr. – “Lúcifer caiu sobre nós”.

Um comentário:

Faça o seu comentário aqui.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...