Bandeira soviética sendo colocada no alto do Reichstag |
A República Popular
de Donetsk e a República Popular de Luhansk retomam forças para a continuação
da guerra separatista contra a Ucrânia fascista. O armistício acordado em Minsk
está sendo violado diariamente pelas tropas ucranianas, agora reforçadas por
armas e soldados dos Estados Unidos. Além disso, há claros indícios de que
Estados Unidos, seus vassalos europeus e suas colônias localizadas no Pacífico,
apelidadas de Japão e Coréia do Sul, tentarão de tudo para frustrar a Parada da
Vitória a ser realizada em Moscou, no dia 9 de maio, em celebração aos 70 anos
da vitória soviética sobre o regime nazista. Há 70 anos, em 2 de maio de 1945, as
tropas da 1ª Frente Bielorussa, comandadas pelo general Georgy Zhukov, com a
assistência da 1ª Frente Ucraniana, comandada pelo general Ivan Konev, após
derrotarem totalmente as tropas alemãs, tomaram a cidade de Berlim. No teto do
Reichstag (parlamento alemão) foi erguida a bandeira da União Soviética.
A guerra da União Soviética contra o
Eixo (aliança entre Alemanha, Itália e Japão) iniciou-se antes da invasão da
Polônia pela Alemanha, antes do início oficial da Segunda Guerra Mundial,
quando a União Soviética derrotou forças japonesas na Mongólia, em uma
gigantesca batalha de tanques que durou quase quatro meses. Isso impediu que o
Japão atacasse a União Soviética em 1941 e preferisse a guerra contra os
Estados Unidos, na previsão de que aquele país apoiaria os aliados contra
Alemanha e Itália. Devido à derrota japonesa em Khalkin Gol, na Mongólia,
Hitler fez um acordo de não-agressão com a União Soviética – o acordo
Molotov-Ribbentrop -, calculando que, primeiro, deveria dominar a Europa, para
então voltar-se contra a União Soviética, como, de fato, aconteceu.
Em 1941, após expulsar o exército
inglês da França, a Alemanha rompia o acordo e invadia a União Soviética, mas
já não podia contar com os aliados japoneses, que, além de estarem envolvidos
em uma guerra contra a China, por eles ocupada, lutavam também contra os
Estados Unidos, em guerra deflagrada em seguida ao ataque a Pearl Harbor.
Provavelmente a inesperada viagem noturna de Rudolf Hess à Inglaterra tenha
resultado em um acordo secreto, decidindo Hitler e seu Estado-Maior a invadir a
União Soviética, acordo que mais tarde foi rompido com a entrada dos Estados
Unidos na guerra da Europa. A Alemanha, que vencera todos os exércitos europeus,
já não podia contar com o Japão, que deveria, segundo planos anteriores, concomitantemente,
atacar a União Soviética pelo sul. Se isso tivesse acontecido, a história da
Segunda Guerra teria sido outra, pois dificilmente a União Soviética poderia resistir
a uma guerra de dois fronts.
A tentativa dos “historiadores”
ocidentais de reduzir a Segunda Guerra à vontade de pessoas distintas torna-se
ridícula, à medida que vêm à tona planos arquitetados por grupos de pessoas
representantes das empresas transnacionais e dos grandes bancos internacionais que,
desde o final da Primeira Guerra projetavam o domínio da Europa e,
posteriormente, do mundo – o que não poderia acontecer sem uma Segunda Guerra.
Assim, a criação de um Hitler “enlouquecido” ou de um Stálin “terrível ditador”
mais fazem parte da lenda do que da verdade histórica. Os fatos comprovam que a
História, em todos os seus aspectos, têm sido sistematicamente manipulada e
distorcida para favorecer interesses dos que desdenham de povos e nações e desejam
impor um império mundial, que inclui a massificação que transforma as pessoas
em seres robotizados.
A Rússia calcula em 26 milhões o número
de soldados e civis soviéticos mortos durante a invasão da Alemanha, no verão
de 1941, que culminou na maior batalha de todos os tempos: a Batalha de
Stalingrado. Por seu lado, a Alemanha perdeu 90% do seu exército durante a
invasão e, principalmente, depois de ser derrotada e iniciar a retirada. Foram
abertas três frentes de batalha: o exército norte cercou a cidade de
Leningrado, o centro do exército alemão chegou a ficar a menos de 30
quilômetros de Moscou e o exército do sul cercou Stalingrado.
E
em Stalingrado o exército alemão, composto de 4,5 milhões de soldados, foi
derrotado devido à resistência heróica do povo soviético. Só em Stalingrado
capitularam cerca de 600 mil soldados do sexto exército alemão. Em seguida,
iniciou-se o retrocesso em toda a frente. Nos meses seguintes, o exército
alemão foi novamente derrotado na batalha de Kursk, onde morreram cerca de 650
mil soldados de ambos os lados. No cerco a Berlim, o Exército Vermelho perdeu
cerca de 80 mil soldados, um terço do que o exército dos Estados Unidos
perderia em toda a guerra.
No
dia 6 de junho de 1944, com a Alemanha derrotada na União Soviética e recuando
em todas as frentes, aconteceu a invasão da Normandia pelos exércitos dos
Estados Unidos e Grã-Bretanha – o chamado dia “D”. Os exércitos aliados
desembarcaram 155 mil soldados nas praias francesas encontrando forte, mas não
suficiente resistência das cansadas forças lideradas por Rommel. O objetivo era
alcançar Berlim antes que os soviéticos. Chegaram depois e até hoje comemoram o
dia 8 de maio como o dia da vitória, que não teria sido alcançada sem a União
Soviética.
O
Exército Vermelho libertou mais de 120 milhões de pessoas em territórios hoje
em dia pertencentes a 16 países europeus independentes. Mais seis países foram
libertados conjuntamente pelo Exército Vermelho e aliados. De acordo com
historiadores isentos, o Exército Vermelho libertou cerca da metade do
território europeu – sem contar a parte européia da Rússia – do nazismo e
fascismo nos anos da Segunda Guerra Mundial, sofrendo o maior número de baixas.
Foi a União Soviética que derrotou a Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Mas,
até hoje, os soldados britânicos e estadunidenses posam de heróis.
Por
isso a Rússia pós-União Soviética resolveu fazer a maior Parada da Vitória da
sua História, em homenagem aos verdadeiros guerreiros da Segunda Guerra
Mundial. Além de uma homenagem ao povo soviético dos anos 1940, a Parada da
Vitória do dia 9 de maio será uma demonstração de soberania da Rússia, que
novamente sofre uma tentativa de cerco, agora por soldados da OTAN e dos
Estados Unidos. O governo russo calcula que só em Moscou cerca de 16.000 pessoas
desfilarão, entre eles, 800 soldados de mais 10 países aliados (incluindo China,
Índia e Sérvia) exibirão novas armas de todos os tipos - desde o mais fabuloso
tanque jamais construído, o “Armata”, até o melhor fuzil-metralhadora do mundo:
a Kalashnikov. No ar, os mais modernos aviões-caça sobrevoarão a cidade.
Para
esse desfile foram convidados chefes de Estado e chefes de Governo de todo o
mundo, mas os Estados Unidos, assim como todos os seus países súditos,
negaram-se a comparecer. Como era previsto, Dilma não irá ao desfile, mandando
um representante. A Presidente está de namoro firme com os Estados Unidos, que
proibiram todos os seus submissos aliados da América Latina de comparecer ao
evento. Dilma não é exceção. Em compensação, nós, latino-americanos, seremos
representados pelos presidentes da Bolívia, Equador, Venezuela, Cuba, Uruguai e
Argentina, países que se negam à docilidade da dependência.
Embora
a Rússia negue, a Parada da Vitória também servirá como demonstração de poder
bélico. Enquanto os Estados Unidos invadiam Iraque, Afeganistão e se divertiam
com “revoluções coloridas” na África do Norte e em todo o Oriente Médio,
somente parando frente à resistência de Síria e Irã, a Rússia desenvolvia e
treinava as suas Forças Armadas, sabendo que, cedo ou tarde, Estados Unidos e
aliados europeus tentariam subverter o povo russo contra o seu governo ou, se
não fosse possível, cercar o território russo até que a Rússia aceitasse as
condições impostas pelo império.
Quando
Putin foi eleito surgiram passeatas contra o Governo nas principais cidades
russas, em clara tentativa de uma “revolução colorida”, mas Governo e Forças
armadas estão unidos e o povo apóia Putin em uma percentagem hoje estimada em
85%. Então, o império liderado pelos Estados Unidos patrocinou o golpe de
Estado na Ucrânia, acreditando que poderia colocar ali forças da OTAN.
Imediatamente a Rússia reagiu, houve eleições na península da Criméia, que voltou
a pertencer à Federação Russa. Ato-contínuo, a região de Donbass declarou
independência da Ucrânia, formando-se as repúblicas independentistas de Luhansk
e de Donetsk, ou seja, todo o sudeste da Ucrânia, com suas ricas reservas
carboníferas.
A
guerra civil estava declarada e o exército ucraniano atacou os insurgentes, e
foi vencido. Em seguida, surgiram as negociações em Minsk, por uma trégua que
foi alcançada e já dura alguns meses. Nesse meio tempo, Estados Unidos e OTAN
tentam se fortalecer junto às fronteiras russas, prevendo a possibilidade de
uma guerra em maior escala.
Mais
de 120 blindados norte-americanos foram enviados à Letônia, a Estônia recebeu
um pelotão de tanques norte-americanos “Abrams” e dois pelotões de pára-quedistas.
Para a Polônia, a França enviou dois regimentos, veículos de infantaria e um
regimento de engenharia, além de 15 tanques de guerra “Leclerc”, na Ucrânia
chegaram armas e soldados norte-americanos. De 22 de março a 1º de abril, mais
de 100 blindados com centenas de soldados da OTAN passaram por mais de 1.800
quilômetros no território de seis nações de países bálticos aliados, em clara
demonstração de força e hostilidade contra a Rússia.
A
Rússia reagiu através de declarações de membros do seu Governo, que criticaram
a grande presença de tropas da OTAN na Europa, o que viola todos os acordos
existentes, inclusive o Ato Fundador Sobre Relações Mútuas, Cooperação e
Segurança, assinado entre a Federação Russa e a OTAN, em Paris, em maio de
1997. Nada adiantou. A OTAN continuou a tentar o seu cerco à Rússia, e algumas
pequenas escaramuças surgiram no mar e no ar, sem maiores conseqüências até
agora.
Por
seu lado, além de protestar contra as crescentes ameaças ao seu território, a
Rússia resolveu mostrar as suas armas. Entre elas, um submarino atômico
invisível aos sonares ou qualquer outro meio de detecção, apelidado de “buraco
negro” pelos Estados Unidos; aviões de última geração, os blindados mais
modernos e um exército calculado em cerca de um milhão de soldados, que poderá
ser mobilizado em algumas horas, se necessário. No dia 9 de maio também serão
mostrados mísseis supersônicos capazes de carregar várias ogivas atômicas.
Novas armas estão sendo fabricadas e, em breve, os mísseis antiaéreos S-500
cobrirão todo o território russo.
Uma
versão inferior do S-500 - o S-300 – está sendo enviada para o Irã, país constantemente
ameaçado pelas forças da OTAN, Estados Unidos e Israel. A Rússia prevê que uma
das estratégias de seus potenciais inimigos será tentar destruir, primeiro, o
Irá e a Síria. Ao mesmo tempo, há a possibilidade de os Estados Unidos tentarem
forjar uma guerra entre Japão e China, que disputam as ilhas Diaoyu, também
chamadas de Sensaku, ocupadas pelo Japão, no Mar da China, desde os tempos da
expansão do império nipônico e invasão da China. Recentemente, Barack Obama
declarou que defenderá o Japão mesmo que seja necessário usar armas atômicas.
Aparentemente,
trata-se de um blefe, mas, na tentativa de liquidar com a Federação Russa, os
Estados Unidos farão qualquer coisa, e a velha estratégia de intimidar os
aliados do inimigo já está sendo usada. No entanto, essas ameaças à China
constituem-se em temeridade. Atualmente, mísseis balísticos intercontinentais
são guiados através de satélites e a China desenvolveu um sistema de canhões a
laser, já testado satisfatoriamente, que lhe permite atingir satélites
inimigos.
De
qualquer maneira, a Parada da Vitória do dia 9 de maio, também chamada de
Comemoração da Grande Guerra Patriótica, está chamando a atenção do mundo
inteiro, devido às especiais circunstâncias que a envolvem. Da Rússia, partiu o
grupo de motoqueiros intitulado “Lobos da Noite”, que tentarão chegar a Berlim
no dia 9, apesar de todos os obstáculos colocados pelos governos da Polônia –
que apóia a Ucrânia fascista – e da Alemanha. Os “Lobos da Noite” carregam
consigo uma réplica da bandeira da ex-União Soviética. Outra réplica da mesma
bandeira foi enviada para a Estação Orbital Internacional, para que os
astronautas russos possam comemorar o Dia da Vitória condignamente.
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