É tamanha a histeria
dos Estados Unidos e de seus vassalos europeus depois da reintegração da
Criméia à Rússia que, no dia 3 de abril, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov
disse à agência Interfax que Obama e amigos deveriam praticar ioga. “O que se
pode aconselhar aos nossos colegas norte-americanos? Passe mais tempo ao ar
livre, pratique ioga, mantenha as dietas de combinação de alimentos, talvez
assista a alguns programas de comédia na TV”.
Estados
Unidos e países europeus impuseram sanções a funcionários e empresários
próximos ao Kremlin, as quais, basicamente, são proibições de visitar a Europa
dos Estados Unidos e o próprio território original norte-americano. Tais
sanções, ao contrário do previsto, agora servem de motivo de orgulho aos “castigados”.
Muitos dos que entraram na lista, zombaram das sanções, usando-as como uma
espécie de distintivo de honra.
Os
Estados Unidos e países subordinados da Europa continuaram com o que entenderam
como pressões. Uma delas foi o bloqueio dos cartões Visa e Mastercard, o que
nada afetou os clientes dos bancos russos. Imediatamente, os cartões de crédito
norte-americanos foram substituídos por sistemas de pagamento que incluem o
Union Card, o Zolotaia Korona (Coroa de Ouro), ou o PRO100, ligado ao Sberbank.
Além disso, o sistema chinês Union Pay poderá ser utilizado. Quando tentaram
bloquear os ativos da Rússia em contas européias e nos Estados Unidos, mais de
100 bilhões de dólares já haviam sido transferidos para a Bélgica. São títulos
da dívida norte-americana e européia, papéis que, em caso de crise, se forem
resgatados poderão levar as bolsas ocidentais a uma situação de quase quebra.
Europeus
e, principalmente, norte-americanos, estão completamente neurotizados. No
início do que denominaram “crise da Ucrânia”, a risível Hillary Clinton colocou
um bigode em uma fotografia de Vladimir Putin, dando a entender que ele se
parecia com Hitler. No entanto, a reação russa teve origem justamente no golpe
de Estado que derrubou o governo da Ucrânia, concretizado por forças
neonazistas e anti-semitas, apoiadas por União Européia e Estados Unidos.
Inclusive, na sexta-feira, 4 de abril, o Programa Voz da Rússia conversou com o
Cônsul Honorário de Israel no Rio de Janeiro, Osias Wurman, que ressaltou a
amizade entre Vladimir Putin e o movimento hassídico Chabad, na Rússia.
Disse
o rabino,
referindo-se às manifestações anti-semitas na Ucrânia: “Várias sinagogas foram
grafitadas, houve esfaqueamentos em Kiev, assaltos a judeus portando o solidéu,
a kipá... O Rabin Berel Landau, que é um homem escolado e vivido, estava alertando
a comunidade judaica da Ucrânia para que não se manifestasse contra o
Presidente Putin, porque uma das razões que ele alegou para esse rompimento com
o novo governo da Ucrânia, foram não só os movimentos e as manifestações
anti-semitas, mas também o fato de que grande parte dos “revolucionários”
ucranianos é composta pelo Partido Svoboda, que é um partido
ultra-nacionalista, racista, de extrema-direita”.
Continuaram
as “sanções”. Uma delas: os três restaurantes da rede McDonald’s na Criméia
foram fechados. A ministra do desenvolvimento econômico da Criméia, Svetlana Verba,
declarou: “Não há nada de horrível nisso. Eles serão substituídos por outros
estabelecimentos”. Alguns dias depois, no dia 9, a rede de fast-food Burger
King anunciou que está planejando abrir novos restaurantes na Rússia, incluindo
a Criméia.
Furiosos,
apelaram para a OTAN, o exército ocidental do império, composto por 26 países,
mas, na prática, obediente aos Estados Unidos e Inglaterra, o famoso eixo do
mal. A Rússia colocou cerca de quarenta mil efetivos na fronteira com a
Ucrânia, sob o pretexto de exercícios. As principais cidades do leste e sudeste
da Ucrânia se rebelaram contra o ilegítimo governo ucraniano e pedem a
independência e o apoio da Rússia. A OTAN acusa a Rússia de favorecer esses
movimentos e o Ministério das Relações Exteriores da Rússia responde que a OTAN
está usando a crise na Ucrânia para justificar a sua existência.
Por
seu lado, a Ucrânia, que possui um exército suspeito de não obedecer ao governo
fantoche, contratou os mercenários da Greystone – uma organização paramilitar
norte-americana – para tentar desalojar os insurgentes das cidades de Carcóvia,
Luhansk e Donetsk. Até agora, nada conseguiram. Em Donetsk, principalmente, o
povo está armado e esperando o ataque.
Os
reacionários unidos do mundo inteiro estão desejosos de uma ação bélica contra
a Rússia. É o que resta, as sanções não deram em nada e Estados Unidos e União
Européia estão desmoralizados. Talvez a OTAN tente alguma coisa do gênero, mas
é altamente improvável. Atacar a Rússia não é o mesmo que bombardear a indefesa
Líbia, e eles sabem disso.
A
Rússia expulsou a “Voz da América” do seu território, considerada como “spam”
indesejável e pediu o pagamento de mais de 17 bilhões de dólares devidos pela
Ucrânia pelo uso do gás russo, que é estocado no território ucraniano e depois
enviado para a Europa. A propósito disso, o Kremlin enviou carta particular aos
devedores europeus, anunciando que poderia cortar o gás, caso o pagamento não
seja efetuado. A carta vazou para a imprensa, através do Departamento de Estado
dos EUA, e Putin declarou: “A carta não foi destinada a eles, mas aos consumidores
de gás na Europa. Todos já estão acostumados ao fato de que nossos amigos
americanos fazem escutas, mas espionar é ainda mais feio”.
Mas
que vergonha, Obama, que falta de educação! Obama, vai praticar ioga! Calma,
Obama, calma...
Sucinta e boa matéria. Sigo aprendo História e Geografia.
ResponderExcluirNão só OBAMA, mas todos que detenham o tal "poder" deviam ter uma hora de Yoga, meditação e relax por dia...Talvez, naqueles momentos, eles recebem alguma "luz" e mudem o curso da história que está ficando mais feia a cada dia...
ResponderExcluir