sexta-feira, 11 de abril de 2014

IOGA PARA OBAMA




É tamanha a histeria dos Estados Unidos e de seus vassalos europeus depois da reintegração da Criméia à Rússia que, no dia 3 de abril, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov disse à agência Interfax que Obama e amigos deveriam praticar ioga. “O que se pode aconselhar aos nossos colegas norte-americanos? Passe mais tempo ao ar livre, pratique ioga, mantenha as dietas de combinação de alimentos, talvez assista a alguns programas de comédia na TV”. 

   Estados Unidos e países europeus impuseram sanções a funcionários e empresários próximos ao Kremlin, as quais, basicamente, são proibições de visitar a Europa dos Estados Unidos e o próprio território original norte-americano. Tais sanções, ao contrário do previsto, agora servem de motivo de orgulho aos “castigados”. Muitos dos que entraram na lista, zombaram das sanções, usando-as como uma espécie de distintivo de honra. 

   Os Estados Unidos e países subordinados da Europa continuaram com o que entenderam como pressões. Uma delas foi o bloqueio dos cartões Visa e Mastercard, o que nada afetou os clientes dos bancos russos. Imediatamente, os cartões de crédito norte-americanos foram substituídos por sistemas de pagamento que incluem o Union Card, o Zolotaia Korona (Coroa de Ouro), ou o PRO100, ligado ao Sberbank. Além disso, o sistema chinês Union Pay poderá ser utilizado. Quando tentaram bloquear os ativos da Rússia em contas européias e nos Estados Unidos, mais de 100 bilhões de dólares já haviam sido transferidos para a Bélgica. São títulos da dívida norte-americana e européia, papéis que, em caso de crise, se forem resgatados poderão levar as bolsas ocidentais a uma situação de quase quebra. 

   Europeus e, principalmente, norte-americanos, estão completamente neurotizados. No início do que denominaram “crise da Ucrânia”, a risível Hillary Clinton colocou um bigode em uma fotografia de Vladimir Putin, dando a entender que ele se parecia com Hitler. No entanto, a reação russa teve origem justamente no golpe de Estado que derrubou o governo da Ucrânia, concretizado por forças neonazistas e anti-semitas, apoiadas por União Européia e Estados Unidos. Inclusive, na sexta-feira, 4 de abril, o Programa Voz da Rússia conversou com o Cônsul Honorário de Israel no Rio de Janeiro, Osias Wurman, que ressaltou a amizade entre Vladimir Putin e o movimento hassídico Chabad, na Rússia. 

    Disse o rabino, referindo-se às manifestações anti-semitas na Ucrânia: “Várias sinagogas foram grafitadas, houve esfaqueamentos em Kiev, assaltos a judeus portando o solidéu, a kipá... O Rabin Berel Landau, que é um homem escolado e vivido, estava alertando a comunidade judaica da Ucrânia para que não se manifestasse contra o Presidente Putin, porque uma das razões que ele alegou para esse rompimento com o novo governo da Ucrânia, foram não só os movimentos e as manifestações anti-semitas, mas também o fato de que grande parte dos “revolucionários” ucranianos é composta pelo Partido Svoboda, que é um partido ultra-nacionalista, racista, de extrema-direita”. 

    Continuaram as “sanções”. Uma delas: os três restaurantes da rede McDonald’s na Criméia foram fechados. A ministra do desenvolvimento econômico da Criméia, Svetlana Verba, declarou: “Não há nada de horrível nisso. Eles serão substituídos por outros estabelecimentos”. Alguns dias depois, no dia 9, a rede de fast-food Burger King anunciou que está planejando abrir novos restaurantes na Rússia, incluindo a Criméia. 

   Furiosos, apelaram para a OTAN, o exército ocidental do império, composto por 26 países, mas, na prática, obediente aos Estados Unidos e Inglaterra, o famoso eixo do mal. A Rússia colocou cerca de quarenta mil efetivos na fronteira com a Ucrânia, sob o pretexto de exercícios. As principais cidades do leste e sudeste da Ucrânia se rebelaram contra o ilegítimo governo ucraniano e pedem a independência e o apoio da Rússia. A OTAN acusa a Rússia de favorecer esses movimentos e o Ministério das Relações Exteriores da Rússia responde que a OTAN está usando a crise na Ucrânia para justificar a sua existência. 

    Por seu lado, a Ucrânia, que possui um exército suspeito de não obedecer ao governo fantoche, contratou os mercenários da Greystone – uma organização paramilitar norte-americana – para tentar desalojar os insurgentes das cidades de Carcóvia, Luhansk e Donetsk. Até agora, nada conseguiram. Em Donetsk, principalmente, o povo está armado e esperando o ataque. 

    Os reacionários unidos do mundo inteiro estão desejosos de uma ação bélica contra a Rússia. É o que resta, as sanções não deram em nada e Estados Unidos e União Européia estão desmoralizados. Talvez a OTAN tente alguma coisa do gênero, mas é altamente improvável. Atacar a Rússia não é o mesmo que bombardear a indefesa Líbia, e eles sabem disso. 

    A Rússia expulsou a “Voz da América” do seu território, considerada como “spam” indesejável e pediu o pagamento de mais de 17 bilhões de dólares devidos pela Ucrânia pelo uso do gás russo, que é estocado no território ucraniano e depois enviado para a Europa. A propósito disso, o Kremlin enviou carta particular aos devedores europeus, anunciando que poderia cortar o gás, caso o pagamento não seja efetuado. A carta vazou para a imprensa, através do Departamento de Estado dos EUA, e Putin declarou: “A carta não foi destinada a eles, mas aos consumidores de gás na Europa. Todos já estão acostumados ao fato de que nossos amigos americanos fazem escutas, mas espionar é ainda mais feio”. 

     Mas que vergonha, Obama, que falta de educação! Obama, vai praticar ioga! Calma, Obama, calma...

2 comentários:

  1. Sucinta e boa matéria. Sigo aprendo História e Geografia.

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  2. Não só OBAMA, mas todos que detenham o tal "poder" deviam ter uma hora de Yoga, meditação e relax por dia...Talvez, naqueles momentos, eles recebem alguma "luz" e mudem o curso da história que está ficando mais feia a cada dia...

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