Está terminando no Panamá, um país
títere dos Estados Unidos, a Cúpula das Américas, uma reunião entre os chefes
de Estado das Américas, criada pela OEA (Organização dos Estados Americanos) e
que tem como objetivo o alinhamento dos países latino-americanos e caribenhos –
além de México e Canadá - à política dos Estados Unidos.
O que está chamando a atenção da mídia
é a inclusão da Cuba nesta cúpula e todos os adoradores do Tio Sam ou Tio Maia
– incluindo o Ed Motta e vários milhões de primos – estão torcendo para que o
Obama convença de vez o Raúl Castro a acelerar a entrada da rede Mcdonald’s (e
também de outras redes) na ilha, esquecendo as velhas desavenças, afinal são
irmãos maçons e devem ter os mesmos objetivos democráticos de exploração do
povo e o mesmo Olho Que Tudo Vê na Bolsa que ampara a democracia deles.
Até agora, o que se viu foi o aperto
de mão entre Obama e Raúl, que todos os leitores da Veja, Folha, Globo, Estadão
e quejandos consideraram muito simbólico, e soube-se que Raúl cumprimentou o (seu?)
presidente dos Estados Unidos na língua do Ed Motta, e depois se reuniram a
portas fechadas, provavelmente para beber uísque e comer salgadinhos e combinar
a maneira mais simples de convencer o Partido Comunista de Cuba de que o
capitalismo é sempre um bom investimento.
Enquanto isso, Dilma pregava aos povos
em sua própria língua e talvez tenha sido pouco entendida quando enalteceu os
Estados Unidos - que a mantém sob estreita vigilância para que não fale muita
besteira - e a sua política no Brasil, que visa obter bastante dinheiro para o
Governo em troca de inflação, recessão econômica, corte de salários e mais uma
série de medidas que o super-ministro e verdadeiro Presidente, Joaquim Levy,
está alinhavando com os cartéis e empresários das multinacionais que desejam
uma fatia da Petrobrás.
Apesar de Dilma, de Raúl e de outros
prováveis traidores dos seus povos, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, Rafael
Corrêa, presidente do Equador e Evo Morales, presidente da Bolívia, fizeram
questão que no documento final da farsa, digo, da Cúpula das Américas, fosse
incluído um preâmbulo que exigia que os chefes de Estado participantes da reunião
condenassem as sanções econômicas e diplomáticas que os Estados Unidos estão
aplicando contra Venezuela, Bolívia e Equador. O que não foi aceito pelos
demais países, exceto a Argentina, ficando a Cimeira da Américas sem um
documento final.
Aliás, a presidente Cristina Kirchner,
da Argentina, ao ouvir de Obama que tinham acabado as intervenções sem
impunidade dos Estados Unidos na América Latina, disse que “surgiram novas
formas mais sutis de intervenção e influência de nossos governos”. Assinalou
que “golpes suaves utilizam meios maciços de comunicação, empresas
multinacionais, denúncias falsas, associações caprichosas de Estados com outros
Estados. São mais sutis, mais sofisticados, mas não deixam de ser intervenções”.
Cristina lembrou que recentemente Obama considerou a Venezuela uma ameaça para
a segurança dos Estados Unidos e, por coincidência ou não, o Reino Unido
declarou a Argentina uma ameaça para a sua segurança ou para a segurança das
ilhas Malvinas que roubaram da Argentina.
Talvez, ao citar as “associações
caprichosas de Estados com outros Estados”, Cristina estivesse pensando no
Brasil, que tem a ambição de dominar economicamente a América do Sul, como
exemplar filial dos Estados Unidos. Dilma, depois de se render inteiramente à
pressão da oposição e fazer um governo para as multinacionais, foi ao Panamá
para um beija-mão a Obama, antecipando a visita que fará à matriz para ouvir
instruções e beijar os pés do seu presidente. Há brasileiros que ainda acreditam
que ela seja de esquerda, mas esses brasileiros são pessoas de direita que
preferem o Temer ou o Cunha como presidente – embora a diferença seja apenas de
gênero.
Realmente, existe uma grande diferença
entre Cristina Fernandez de Kirchner e Dilma Roussef. Uma é nacionalista, a
outra é entreguista; uma defende o seu povo, a outra o engana. Por falar em
diferenças, Obama, o todo-poderoso dono de muitas ogivas atômicas e de um
grande exército de espiões, disse na Cúpula das Américas que acabaram as impunes
intervenções estadunidenses nos países latino-americanos. É de se supor que
agora, as intervenções serão punidas – provavelmente quando tentarem apertar o
cerco contra a Rússia.
Muito boa análise. Interessante as diferenças entre Dilma e Cristina kirchner. Concordo plenamente. Parabéns!
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