Chamou-me a atenção a última
frase de Aécio Neves no debate final destas famosas eleições. Ele cita Paulo:
“Combati o bom combate, completei a corrida, perseverei na fé!” (2 Timóteo 4)
Combater o bom combate, escolher o lado da Justiça, mesmo que esta esteja
obnubilada por leis perversas e por juízes tendenciosos; enfrentar o mal de
frente, embora sabendo que o inimigo é, por natureza, violento e cruel; e mesmo
assim perseverar na fé, até quando se é injuriado, ofendido, afrontado, insultado.
E “completar a corrida”, não se deixar intimidar, ir em frente, atingir a meta
a que se propôs.
E qual foi a meta atingida por
Aécio Neves? Desmascarar os deploráveis agentes da suja vida política
brasileira - representada pelo PT e por seus aliados comprados. Conseguiu.
Completou o caminho. Atingiu a meta. Depois de hoje nunca mais o Brasil será o
mesmo.
Quase metade (levando-se em
conta os votos nulos, brancos e as abstenções) dos eleitores brasileiros elegeram
de novo Dilma para a presidência do país, e, se as eleições não foram fraudadas
(o que não é impossível) fica a constatação: os eleitores que sufragaram Dilma
ou são absolutos analfabetos políticos ou preferem ser cúmplices da corrupção.
Sendo esta última possibilidade a correta, o que seria demasiado triste e
abominável, infere-se daí que estamos nos tornando um povo debochado, cínico,
desonesto, indecente, libertino, mentalmente pervertido.
Há a possibilidade, no entanto,
de que essas pessoas que ajudaram a eleger a Dilma, em sua grande maioria ignoram
completamente a realidade nacional (e, obviamente, a realidade internacional),
são incapazes de elaborar um raciocínio lógico, de entender o que se passa ao
seu redor e, ainda pior, se deixam levar facilmente por promessas, dinheiro e
benesses em troca do seu voto, revelando a parvoíce dos domesticados.
Talvez a metade dessa metade de
eleitores participe – por ação ou contemplação inativa – das corrupções governistas,
e a outra metade é de elementos passivos e acomodados, que se acostumaram à
apatia e veneram a acomodação macunaímica. Como saber? Nem o Ibope dílmico
poderá fazer esse difícil cálculo.
O certo é que este é um dos
momentos em que a caduca democracia representativa encobre a verdade, através
de votos muito virtuais. E perde a sua virtude de deusa dos demagogos. Nem eles,
em sua desnudada impureza, poderão resistir daqui para frente.
Há duas verdades ou há uma só: metade
do povo brasileiro é contra a corrupção, contra o Governo hipócrita, contra o
ódio, contra a mentira, contra a distorção de todos os valores, contra o
burlesco Congresso Nacional e contra o Executivo que não mais o representa.
Os políticos profissionais tiveram
uma chance e a jogaram no lixo onde deverão se esconder em seguida, logo que o
povo desiludido, o povo aviltado em suas esperanças, o povo que não aceita mais
ser roubado também se decidir a combater o bom combate.
Acho que Aécio fez tudo que podia, mas como lidar com a dúvida do que pode acontecer em um país de nome Brasil? Muito boa análise!
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