Ante o vendaval de revelações
sobre corrupção no seu governo e no governo do Lula, Dilma deveria renunciar.
Por muito menos do que isso, Getúlio Vargas se suicidou e depois foi comprovado
que o famoso “mar de lama” era inexistente. No entanto, Dilma não é Getúlio. Muito
longe disso. Getúlio era nacionalista, Dilma é entreguista; Getúlio mobilizava
o povo, Dilma tenta comprá-lo; Getúlio lutava pela independência do Brasil,
Dilma leiloa o nosso petróleo, quando não coisa pior...
Dilma não renunciará porque lhe falta aquele algo mais que
distingue uma mera presidente de um estadista. Ou de uma estadista. Não digo
que lhe falte caráter, não a conheço de perto, mas falta caráter ao PT, que se
esvai em lama pútrida e ainda deseja mais. Ou o caráter do PT é a podridão?
Falsidade. É o mínimo que se pode dizer do PT. Lembram-se do
Lula que ia transformar o Brasil? Transformou-se. Ou foi transformado pelo
brilho ofuscante do poder. Dilma, como todos sabem, é o Lula de saias. Quanto à
ideologia, Lula nunca foi falso. Sempre disse que não é socialista, mas
sindicalista, o que é verdade. Dilma, no entanto, dizem que tentou ser
guerrilheira, o que implica na possibilidade de uma mínima noção de teoria
marxista. Pelo que sei, ela gosta é de ler novelas policiais.
O PT foi formado, inicialmente,
por todos aqueles grupos dispersos que acreditavam que ser “de esquerda”
significava lutar pela liberdade. Naquela época, ainda estávamos no final de
uma ditadura militar. No seu início, o PT era composto por tendências
trotskistas, leninistas, stalinistas, maoístas, albanesas e até sindicalistas –
o que não chega a ser uma ideologia, mas vá lá! Venceram os capitalistas: Zé
Dirceu, Genoíno, Tarso, Lula, Dilma... toda aquela gente. E foi o que se viu:
rouba aqui, rouba acolá.
Nesse meio tempo, entre uma e
outra corrupção, muitos petistas que ainda acreditavam que o PT deveria ser um
exemplo de honestidade foram expulsos ou preferiram sair do partido. O que
restou de “esquerda” no PT foi apenas a cor vermelha, que foi amarelando, provavelmente
para ficar da cor do ouro. Ou da lama.
O PT roubava e se acreditava intocável.
Quem sabe ainda rouba. Dizem que o roubo torna-se vício, como qualquer outra
droga inebriante. Os petistas estão inebriados pelo poder e acreditam que
roubar faz parte do que chamam de “projeto político” que, em última análise,
significa conquistar mais poder. Quando uma ou outra fraude ou corrupção - ativa,
passiva, mista - aparece, o petismo explícito xinga a imprensa, ameaça juízes
até fazê-los renunciar, afirma que outros partidos também são corruptos e jura
que é inocente.
Os demais partidos não são
inocentes. Quando eles têm uma chance, assaltam o dinheiro que deveria ser
público. O roubo faz parte da essência do capitalismo. Há quem acredite que
pessoas ricas – que depois se entrelaçam em cartéis, oligarquias, empresas
multinacionais e demais grupos de poder – são assim por direito divino.
Ingênuos, que não sabem que o princípio do capitalismo reside no roubo, às
vezes roubo oficializado, mas roubo. O bolo é um só e para que poucos tenham
muito dinheiro é necessário que a grande maioria seja roubada. E quando parte
dessa grande maioria se revolta, surge a polícia homicida e idiotizada dos
donos do nosso dinheiro.
Provavelmente o PT acredita que
roubar, enriquecer fraudulentamente faz parte do jogo. Este é o país das
fraudes, onde quem rouba sem ser preso é chamado de esperto ou de malandro. O
PT tentou ser malandro e não conseguiu. Ou conseguiu? Ainda tenho dúvidas. São
doze anos no poder. Imaginem a quantidade de dinheiro “desviado” durante esse
período. Os poderosos não roubam: desviam dinheiro, e depois dizem que estão
fazendo Caixa 2. Quantas caixas têm o PT escondidas? 2, 3, 4... E os demais
grandes partidos, como PSDB e PMDB? Partido grande não surge do nada, mas de
doações de campanha para que seus representantes nada façam a favor do povo.
Depois acostumam com as doações, os trambiques, as falcatruas, os roubos. Ou
alguém acredita que algum desses partidos está interessado em povo, a não ser
em época de eleição? O PT é mais um, e o mais escandaloso de todos. Os outros
são corruptíveis, o PT é corruptor.
E se declara inocente. O Brasil
é o país dos inocentes. Rouba-se por todos os lados e todos os ladrões são
inocentes, principalmente se o roubo é grande. Roubar é prática comum em todos
os níveis da população. Mesmo quem não rouba, gosta de ver roubar ao sentir-se,
de alguma maneira, favorecido. Um dos exemplos clássicos é o futebol: se os
seus times são “beneficiados” pelas arbitragens as torcidas vibram. Roubar,
fraudar, enganar faz parte da cultura de determinadas classes sociais, onde os
políticos são os intermediários, os facilitadores das fraudes. No caso remoto
da prisão de alguns deles, ficam indignados e pagam milhões para que seus
advogados - igualmente corruptos, porque defendem corruptos – encontrem aquela
falha nas leis que lhes permitirá a liberdade. Prisão, no Brasil, é para os
muito pobres.
Comprar o povo, comprar
consciências, comprar lealdade – esta é a principal função dos políticos
brasileiros. Quantos bilhões não estão rolando por este Brasil afora para os
bolsos de malandras militâncias encarregadas de convencer indecisos? “Este é o
jogo da política”, pregam hipocritamente os que se julgam mais espertos ao
corromper o povo mais necessitado, que é conservado na pobreza física e mental
para que possa ser corrompido sempre que necessário.
A isto eles chamam de
democracia: eleições periódicas sustentadas por muito dinheiro. O esperançoso povo
vota e só os ricos ganham e continuam a enriquecer. Um partido político
capitalista, antes de tudo é uma fábrica oculta de dinheiro, alimentada por
empresários de todos os setores. O PT caiu nessa, entrou no jogo e foi
descoberto. E ficou literalmente atucanado. A dona Dilma fala em golpe, Lula
esbraveja contra a deslealdade da imprensa de oposição que veicula as novas
corrupções petistas, agora apelidadas de Petrolão, ou, se preferirem, de
Petropina, visto que petistas ganhavam (ainda ganham?) propinas de empresas e
demais interessados que desviavam recursos da Petrobrás.
De fato, é um grande golpe
denunciar corrupções governistas na época das eleições. Um golpe contra os
corruptos. E todos passaram a acreditar que, agora, a vitória será do PSDB -
que se diz menos impuro que o PT. Forjam-se alianças, prometem-se cargos,
anuncia-se um novo Brasil. Todas as demagogias conhecidas. Não há diferença
entre os dois partidos, exceto nos nomes e nas siglas. E no maior ou menor grau
de pureza. Ou de honestidade. O povo ainda acredita que um dia, talvez, quem
sabe, surgirá um Presidente que fará... Dentro das premissas desse jogo nada
será feito contra os interesses dos poderosos. O PT seguiu o roteiro
capitalista prescrito, que incluía a licença de roubar, fraudar, enriquecer – e
continua se dando bem, apesar de todos os processos.
Mesmo com a incisiva campanha
do Aécio, que bate diretamente nas falhas, erros, fraudes e roubos do PT &
sócios e recebe com menos força golpes parecidos, porque Dilma é obrigada a
ficar na defensiva, dificilmente o PT – que adquiriu a experiência de como ganhar eleições, aliando-se com os
mais conhecidos corruptos nacionais – perderá. Alguma coisa poderá acontecer na
reta de chegada do segundo turno: promessas ocultas de privatização gradativa
da Petrobrás e das riquezas que ainda nos restam, alianças secretas com
empresários e com todas as maçonarias detentoras de alguma influência, trocas
de favores, como acontece nas mais respeitadas máfias, poderão fazer com que,
de repente, as pesquisas passem a apontar Dilma como favorita em São Paulo,
Paraná... multipliquem-se os votos no Nordeste... Os institutos de pesquisa
existem para esses momentos de atucanação e desespero, e são muito bem pagos.
Porém, se não houver nenhuma
interferência que evite a vitória de Aécio, o que restará do PT, além da
lembrança do ódio destilado contra seus adversários? Na internet, a militância
petista baixou tanto o nível que apela para palavras e expressões chulas,
ofensas pessoais, ameaças, todo o tipo de invenções e mentiras, apostando na
possibilidade da ignorância política do eleitor indeciso, desejando ganhar
votos através do medo, se possível do pânico das massas que desejam conservar
tímidas e inconscientes.
O PT faz a mesma política demagógica
da extrema direita, que é contra o PT por excesso de desinformação, acreditando
que aquele partido é “comunista”, tentando inculcar em seus adeptos a visão
medieval dos estultos, maldosos e mentalmente débeis, atribuindo ao PT
qualidades que não tem, visto ser um partido aliado da direita e que usa as
alianças, inclusive através da corrupção, para conseguir o apoio que necessita
para se manter no poder.
O que restará após as eleições,
senão uma luta ideológica intensa, que promoverá o desmascaramento de todos
esses partidos que debocham descaradamente da nação brasileira?
Completamente! Muito boa análise sobre o que se passa na política no Brasil.
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