Pensava-se
que o dilmês era exclusivo de Dilma Roussef, uma espécie de pós-modernismo lingüístico
muito particular (talvez influenciado pelo apedêutico lulês), uma língua criada
para presidentes entreguistas ou proxenetas de povos impúberes mentalmente que votariam
movidos unicamente pela emoção do momento, como se estivessem numa partida de
futebol, ansiosos por gritar a palavra gol.
No entanto, estudiosos de Corruptologia
Aplicada – que inclui a corrupção na língua, na palavra escrita e falada – após
intensos estudos descobriram que o desusado modo de falar e pensar desses
presidentes, ministros e assessores deve-se a um vírus que está sendo momentaneamente
apelidado de vírus Dilma. Esse vírus teria sido deixado no Palácio do Planalto
na época da ditadura militar por agentes da CIA interessados em transformar os representantes
do povo brasileiro em desinibidos mercantilistas da cultura e do conhecimento.
Parente do vírus Zika, o vírus Dilma
provoca leve deficiência mental, mas não diminui o tamanho da cabeça, sendo inoculado
através de apertos de mão com os inimigos do povo, seguidos da promessa de
eterna aliança em troca de ministérios, secretarias e outras benesses. O
resultado é a imbecilização gradativa, que poderá ser passada à nação, caso
esta não se proteja com uma vacina que a impeça de degradar-se mentalmente
devido à influência perniciosa dos microcéfalos palacianos.
Esse vírus demorou em se propagar entre
os altos escalões do governo, mesmo que na época do Lula alguns sintomas
permitissem detectá-lo. Por exemplo: quando Lula foi chamado de “o Cara” pelo
Obama muitos torceram o nariz e essa torcida de nariz foi um indicativo do mau cheiro
do vírus Dilma, que se desenvolvia sorrateiramente.
Foi somente durante o governo Dilma que
se percebeu mais claramente a maléfica influência do vírus que leva o seu nome.
Começou com o MEC, ministério que seria da Educação e Cultura, mas perdeu a cultura
e nada mais entende de educação. Nos salões daquele ministério o vírus Dilma
espalhou—se com tamanha rapidez que as pessoas muito cultas que por ali vagam e
divagam placidamente se deixaram empestar fascistamente e as suas mentes
trêmulas acataram e até fizeram a apologia de um livro didático com erros de português.
Em seguida, o próprio MEC – sigla que
poderia servir para Microcefalia Espúria e Corrupta – impôs o novo acordo
ortográfico ao povo brasileiro, e professorinhas que adoram falar em inglês
ficaram fascinadas com a novidade.
Estudiosos da doença pensaram que seria
apenas um surto demencial, mas o pior ainda estava por acontecer. O mesmo
execrável MEC, sob efeito da triste praga, entendeu que deveria mexer no
currículo das escolas brasileiras e criou uma coisa chamada Base Nacional
Comum Curricular, que acaba definitivamente com a cultura e com a educação.
As escolas – para alívio de muitos
professores que nada sabem – ficaram dispensadas de ensinar Literatura Portuguesa.
Alunos secundaristas nada saberão sobre Camões, Eça de Queiróz, Fernando Pessoa,
Maria João de Sousa, José Taveira ou José Solá – entre tantos beletristas
portugueses, de todas as épocas. Os alunos do curso secundário, que pouco conhecem
sobre os escritores brasileiros nada saberão dos portugueses ou da literatura
dos demais países. Culpa do vírus Dilma.
Ainda pior, se é possível pior: acabou
o estudo da História Universal. Acreditam as senhoras e senhores que circulam pensativamente
pelo MEC e adjacências que somente aquilo que é adjacente à História do Brasil
deve ser ensinado. Nem as Grandes Navegações serão ensinadas para os coitados
dos alunos. E daí para trás a História estará morta.
A proposta do novo currículo ainda
está sendo discutida, o que nos dá tempo para descobrir uma vacina para o
infame vírus Dilma. Apressemo-nos, pois. O tempo urge. Ou muge – como talvez
dissesse a Dilma.
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