sábado, 26 de julho de 2014

ISRAEL, ANÃO MORAL




Há no Brasil organizações sionistas prontas para agir em defesa do seu Estado-matriz que – todos sabem – é um país artificial criado pela ONU, em 1947, na Palestina, e que tem como principal missão matar palestinos e apropriar-se das suas terras. Essas organizações saíram às ruas de São Paulo, no dia 24, apoiando ostensivamente o massacre dos palestinos na Faixa de Gaza e protestando contra o Governo brasileiro que chamou de desproporcional a ação israelense e recebeu a debochada resposta: “o Brasil é um anão diplomático”.

   Não há em Israel, que eu saiba, organizações brasileiras de cunho fascista, como o sionismo, em constante alerta para defender o Brasil, em caso de agressão verbal, como agora, do Estado de Israel. Ao contrário, os brasileiros que moram em Israel estão se preparando para uma manifestação contra a embaixada do Brasil no dia 1º de agosto, obedecendo ordens da Organização Sionista Internacional e do Estado judeu. 

   Quem imagina que os judeus do mundo inteiro moram em Israel está muito enganado. Assim como no Brasil, em todos os países de alguma importância estratégica para Israel e seu irmão aliado - os Estados Unidos - existem organizações, verdadeiras quintas-colunas infiltradas no seio da sociedade civil, dispostas a atuar politicamente sempre que os interesses judeus, de alguma forma, venham a ser afetados ou contestados. 

   Fascismo é uma palavra que deriva de “fasces lictoris” (latim) ou de “fascio littorio” (italiano). Era uma espécie de cilindro composto por um feixe de varas ligadas à volta de um machado, simbolizando a força da união em torno de um chefe. Fascismo foi a palavra utilizada por Benito Mussolini para fundar o seu partido – Partido Nacional Fascista – na Itália, e é um regime caracterizado pelo radicalismo político autoritário e nacionalista, notadamente racista e anti-socialista. Mussolini foi deposto e executado, mas o fascismo continuou a expandir-se na Europa, após a II Guerra Mundial, e o mais recente exemplo é o fascismo ucraniano. 

   O Sionismo reflete a ideologia fascista da nação judaica, uma vez que é racista e excludente. De acordo com o professor Cláudio Daniel (“O Sionismo é Uma Forma de Racismo”), “o Estado de Israel, desde o seu surgimento, entrou em contradição com a própria Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), com o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (1966) e as declarações da Comissão de Direitos Humanos, da ONU, que estabelecem direitos básicos e universais do ser humano, tais como:


a. Todos têm o direito, sem distinção de qualquer espécie, tais como raça, cor, sexo, língua, religião, convicção política ou outra, origem nacional ou social, propriedade, nascimento, casamento, ou outro estado civil, de retornar a seu país.

b.   Ninguém deve ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade ou forçado a renunciar a ela como meio de privá-lo do direito de retornar a seu país.

c.    Ninguém deve ser arbitrariamente privado do direito de entrar em seu próprio país.

d.   Ninguém pode ter negado o direito de retornar a seu próprio país sob pretexto de não ter passaporte ou qualquer outro documento de viagem. (in SAID, 2011: 55).”


O que aconteceu, a partir de 1948, na Palestina, foi exatamente o contrário, conforme revela Claudio Daniel (WWW.vermelho.org.br/noticia/245678-9).


- “Os palestinos foram privados do seu país. Mais de 400 aldeias palestinas foram destruídas. Em Deir Yassim, 250 mulheres e crianças foram massacradas e os sionistas criaram no local um museu dedicado ao Holocausto. Na época do primeiro conflito entre árabes e israelenses, mais de 750.000 palestinos foram obrigados a um êxodo forçado.”


- “Os refugiados palestinos foram proibidos pelas autoridades israelenses de retornarem às suas terras e casas, confiscadas pelo Estado sionista – proibição estendida a seus filhos e netos, que hoje somam mais de cinco milhões de palestinos, distribuídos em comunidades que residem no Líbano, na Síria, na Jordânia, no Iraque e em outros países do Oriente Médio. Milhares de palestinos buscaram refúgio na Faixa de Gaza, que pertenceu ao Egito até 1967, quando foi tomada por Israel, na Guerra dos Seis Dias, outros permaneceram na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e outra cidades que passaram à administração sionista.”


- “Como o novo Estado de Israel afirmou-se, desde o início, como um estado judaico, aplicando critério étnico e religioso para a definição da nacionalidade, os chamados árabes israelenses (cristãos e muçulmanos) converteram-se em cidadãos de segunda classe, sem o benefício de direitos plenos de cidadania, reservados apenas aos cidadãos judeus.”


- “A segregação racial aplicada pelos sionistas na Palestina só encontra paralelo nas famigeradas Leis de Nuremberg, aprovadas na década de 1930 na Alemanha, e no sistema de apartheid imposto pela minoria branca na África do Sul sobre a maioria negra, que subsistiu até meados da década de 1990 (não por acaso Israel foi um dos maiores aliados do regime sul-africano, colaborando inclusive em seu programa de desenvolvimento de armas nucleares.”


- “Israel tem um vasto currículo de desrespeito aos direitos humanos, que inclui a demolição de casas de palestinos suspeitos de terem relações com membros do Hamas (forma de punição coletiva implementada desde os anos 1920 pelas autoridades britânicas), destruição de oliveiras e abate de rebanhos pertencentes a palestinos, prisão e tortura de mulheres e crianças, sem mandado judicial, acusação prévia ou direito de defesa”.


Eu vi fotos de crianças palestinas mortas, queimadas e, alguns corpos até carbonizados. Muitas crianças morreram com os olhos abertos. É tanta crueldade, que eu fiquei impressionada. Que povo é esse que mata mulheres, anciãos e crianças inocentes? Onde isto vai parar?! O povo judeu está cometendo um genocídio, um crime contra a humanidade, e o pior é que todos assistem a essas atrocidades e ninguém faz nada. Dizem, o estado de Israel tem o direito de se defender, sim, mas o uso da força e do emprego de armas está deproporcional. O único que se pronunciou e foi publicamente hostilizado e humilhado foi o Brasil, que segundo, o embaixador de Israel, disss que o Brasil é um país anão e que não era uma partida de futebol que eles estavam perdendo de 7 a 1. O quê uma coisa tem a ver com a outra? Foi completamente fora de propósito o comentário dele.Devia ter ficado calado. Queria ver se fosse o contrário se o número de judeus mortos fosse maior do que de palestinos, os EUA já teriam em ISRAEL, ESTADO GENOCIDA (comentário de Anônimo).

   Israel não é um país sério. Não dá para confiar em um país que nasceu à força, expulsando os donos da Palestina das suas terras, e vive de guerras e para guerras. É como se fosse um adolescente eternamente irritado, que desenvolveu somente o corpo e gosta de dar demonstrações de força, tendo a tutelá-lo um adulto emocionalmente desequilibrado, com fortes tendências a serial-killer. Quem manda em quem, Israel ou Estados Unidos, que dizimou os nativos de seu país, hospeda a submissa ONU e vive com medo, a esconder-se atrás de seus serviços de informação?

   Não se deve dar armas a crianças grandes. Poderão matar a família e os vizinhos, e quantos mais alcançarem. Podem ser grandes, mas moralmente são anões, pensam que o mundo gira em torno deles e foi criado para eles. Uma forma distorcida de raciocinar, muito parecida com a ideologia sionista, que deseja o mundo e mais 10%, desde que seja habitado apenas por judeus. Ainda bem que os sionistas são minoria entre os judeus, caso contrário, aquele povo seria realmente muito perigoso para a saúde da humanidade.

   Muitos grupos de judeus são declaradamente contrários ao sionismo e ao Estado de Israel. Segundo a Neturei Karta, uma organização de judeus ortodoxos com o intuito de propagar e esclarecer a Torá (livro sagrado do Judaísmo), “existe uma vil mentira que persegue o povo judeu por todo o globo. Uma mentira tão hedionda e tão distante da verdade que só ganhou popularidade graças à cumplicidade de forças poderosas na comunicação social e no aparelho educativo do sistema. É uma mentira que trouxe um sofrimento sem antecedentes a muitas pessoas inocentes e que se não for rebatida tem o potencial de dar origem a uma tragédia extraordinária no futuro. É a mentira que afirma que o sionismo e o Judaísmo são idênticos. Nada poderia estar mais longe de verdade". (Trecho do Manifesto da Neturei Karta).

   Alejandro Ruetter Fridman, membro da Associação de Judeus Anti-Sionistas da Espanha, em entrevista cedida ao escritor Abdennur Prado, esclareceu: “Somos parte de um movimento internacional de solidariedade com a Palestina, a nossa perspectiva não é destacar o judaico, que é um elemento que mais se acrescenta ao nosso compromisso com a causa, já que no seu paradigma o judeu é um parâmetro; a identidade judaica tem muitas variáveis, outros companheiros carentes de um apego a esta intensidade, consideram que se deve dar uma resposta contundente neste âmbito, onde os sionistas reivindicam o direito de representar a comunidade judaica na sua totalidade e usa o judaísmo como elemento integrante do seu discurso. Para nós, a causa da Palestina é de índole político, e não étnica ou religiosa”.

   Portanto, deve-se separar a religião judaica do sionismo e não se deve condenar todos os judeus pelos crimes que os representantes do Estado de Israel estão cometendo diariamente na Palestina, principalmente na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Crimes que grande parte da humanidade se nega a ver, pressionada pelos meios de comunicação de massa a soldo dos sionistas, e que são especialistas em distorcer a verdade.

   Ao mesmo tempo, defender as ações nefandas do Estado de Israel seria um contra-senso, posto que corresponderia a endossar uma das formas de fascismo. Mesmo não sendo um país sério, há esperanças de que este momento de absoluta carência moral que Israel vive seja ultrapassado, e quem sabe as novas gerações percebam que viver na comunidade das nações não significa necessariamente exercer o controle sobre elas, e sim obedecer aos ditames da civilidade.

   Enquanto isso não acontece, e em consonância com o fato de existir no Brasil organizações sionistas, o Banco Santander, ligado à família sionista dos Rothschild, logo após a reação do governo brasileiro ao massacre na Faixa de Gaza, comunicou aos seus clientes que a reeleição de Dilma Roussef pode piorar a economia. Depois do comunicado e inquirido a respeito, a direção do banco no Brasil pediu desculpas, mas o estrago já está feito. Não é improvável que outras associações, bancárias ou não, mas certamente sionistas, venham a participar da campanha anti-Dilma.

domingo, 20 de julho de 2014

ISRAEL, ESTADO GENOCIDA




O que acontece em Gaza é a continuação de todos os terrores contra a humanidade perpetrados pelos judeus desde que a ONU legitimou a criação do Estado de Israel em território palestino, em 1947, dois anos depois do término oficial da II Guerra Mundial, que culminou com o assassinato de milhares de civis em Hiroxima e Nagasáki, cidades alvos de atentados nucleares pelos Estados Unidos, em 7 e 9 de agosto de 1945. Naquele ano a humanidade, estarrecida, via o surgimento de um grupo de nações imperialistas que, a pretexto de combater o nazismo e os nacionalismos tomavam a si a direção do mundo não pela maior sabedoria ou cultura, mas pela ameaça das armas atômicas.

   Uma autoridade que foi legitimada pela criação da ONU (Organização das Nações Unidas), em 24 de outubro de 1945, dois meses após o bombardeio nuclear das cidades japonesas. Naquele momento foi ratificada a Carta das Nações Unidas, um documento muito bonito e cheio de boas intenções e, também, para contradizer o documento de fundação da ONU, revelando a sua face antidemocrática, criava-se um Conselho de Segurança com cinco membros permanentes - França, República da China, União Soviética, Reino Unido e Estados Unidos – países que detinham armas nucleares e que foram os reais vencedores da guerra mundial, obtendo imensos lucros com a destruição de grande parte do mundo. 

   Mundo que foi repartido entre esses cinco países e aliados, através de “áreas de influência”, o que gerou o que foi apelidado de “guerra fria” entre Estados Unidos e Europa Ocidental e União Soviética e leste europeu e que somente terminou quando o mundo, segundo os seus donos, precisava ser novamente remodelado em suas fronteiras estratégicas, nos anos 1990, e fabricou-se a extinção da União Soviética com uma série golpes de cena dignos dos piores filmes de Hollywood. Anunciava-se uma Nova Ordem Mundial e proclamava-se o “fim do comunismo”, com todas as partes interessadas concordando que estava aberta a temporada de caça e destruição dos países socialistas. A Mãe Rússia ressurgia das cinzas como um país capitalista que não mais protegia os revolucionários comunistas e dava-se início a atividades criminosas, como o bombardeio de 78 dias que destruiu Belgrado, conduzido pelos Estados Unidos, em nome da ONU. 

   Em 29 de novembro de 1947, os donos do mundo, representados pela Assembléia Geral das Nações Unidas, recomendaram a adesão e implementação de um Plano de Partilha da Palestina, até então dominada pelos britânicos. Imediatamente, Davi Bem Gurion, o chefe-executivo da Organização Sionista Mundial e presidente da Agência Judaica para a Palestina declarou a criação de um estado judeu no que ele denominou de Eretz Israel (Grande Israel), independente do controle britânico, e que ficou conhecido como Estado de Israel. Os judeus, detendo a maior parte da força econômica mundial, precisavam de um Estado para se verem representados nas Nações Unidas, e os países que dominavam a ONU necessitavam de um enclave no Oriente Médio, para poderem exercer uma forte pressão geopolítica na região mais disputada do mundo e, assim, controlar a rota do petróleo e do gás mundial. 

   Mais ou menos por aquela época começou a ser divulgada (pelos meios de comunicação dominados pelo sionismo) a estória, que depois se transformaria em história, do assassinato de 6 milhões de judeus em campos de concentração nazistas. Livros, relatos, filmes, propaganda maciça é despejada diariamente sobre a população mundial tornada em massa que tudo aceita, e logo os judeus passaram a ser considerados como as grandes vítimas das guerras que ajudaram a fabricar, e esse retrato de “coitadinhos” e “sofredores”, tão habilmente manipulado, fez com que a maioria dos povos aclamasse a criação do Estado de Israel, não se detendo sobre o fato de que a terra dos palestinos estava sendo invadida por mercenários judeus do mundo inteiro com as mais modernas armas fornecidas pelos países ocidentais e que foram utilizadas para “criar” o Estado de Israel a ferro e fogo. 

   Assim, devido a interesses econômicos e políticos, surgiu o primeiro país artificial da humanidade, que logo se consolidou e expandiu-se rapidamente, expulsando os palestinos das suas terras milenares e empurrando-os, gradativamente, para a Cisjordânia e para a Faixa de Gaza. Não sem algumas guerras contra alguns países árabes que logo se submeteram ao maior poderio bélico de Israel. Tamanha tem sido a distorção das informações sobre o pesadelo palestino que, quando eles reagem à ocupação dos seus territórios, essas reações são tratadas pela imprensa mundial como “agressões ao Estado de Israel”, e nunca Israel é condenada pela ONU quando invade, como agora, o que restou dos territórios palestinos, promovendo assassinatos de civis. 

   Israel chegou ao cúmulo de torturar crianças árabes e usá-las como escudo humano contra os foguetes palestinos – segundo uma declaração do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança. “Crianças palestinas detidas por militares e policiais israelenses são sistematicamente sujeitas a tratamento degradante, e muitas vezes a atos de tortura, são interrogadas em hebraico, uma língua que não entendem e assinam confissões em hebreu para serem liberadas”, disse o Comitê em um relatório. 

   O povo judeu, vampirescamente, vive de massacres. Neste único ataque a Gaza, quase quinhentas pessoas já foram mortas, civis em sua grande maioria. Há informações de assassinatos em massa de mulheres e crianças depois de aprisionados. As Forças Armadas israelenses invadiram a Faixa de Gaza, um território com 41 quilômetros de comprimento e de 6 a 12 quilômetros de largura, que abriga quase dois milhões de refugiados palestinos, e está se saciando no sangue dos árabes. E os Estados Unidos e seus aliados ocidentais, que se dizem “civilizados”, apóiam o ataque. O mundo assiste ao massacre através das corrompidas informações dos meios de comunicação de massa, ignorando que 92% das emissoras de rádio e televisão pertencem a famílias de judeus. Tampouco sabem as pessoas mal informadas que 90% dos bancos de todo o mundo pertencem a judeus. O mundo é dos judeus, um povo que deveria, pela sua história, dar exemplos de pacifismo, mas prefere o genocídio.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

SEU CHICO E A POSTURA ALEMÃ




- E então, seu Chico, como é mesmo que nós andamos? 

- No compasso do Bugio. E haveria de ser diferente? Veja o senhor que o Bugio é o único ritmo gaúcho originalmente rio-grandense. Os outros, como o Chamamé, a Milonga, a Vanera e o Vanerão, são de origem platina. Sem contar as polcas, as valsas, as rancheiras (que é uma versão da Mazurca) e o Xote – todas oriundas da Europa, e aqui fizemos as nossas variações. 

- E tem as marchinhas alemãs... 

- Pois é. Só poderiam ser alemãs, não acha? Quem melhor para marchar que os alemães? O senhor já viu algum alemão tocando milonga ou chamamé? É um povo marchador até na música.  

- Dizem que é uma questão de postura, seu Chico. 

- Pois não é? Para marchar é preciso estar com o peito estufado, como se fosse um soldado. Alemão é assim. Mesmo quando está capinando, consegue fazer um “L” perfeito com o corpo. Eles são uma raça diferente, muito diferente de nós, os pelos-duros, como eles gostam de dizer. 

- Vai ver que é porque eles têm os pelos moles, seu Chico. 

- Muito moles. Tão moles que eles têm que viver o tempo todo estaqueados, retos, para dar a impressão que os pelos não vão cair – principalmente quando caminham, ou marcham. 

- Isso é orgulho, seu Chico. Eles se consideram superiores aos demais povos. 

- Muito superiores! Basta olhar para um alemão pra gente pensar: “Lá vem um ser superior.” Um alemão a gente distingue de longe, mesmo dentro de um grupo grande: é sempre aquele que está olhando pra frente, caminhando como se fosse um robô. Por falar nisso, o time deles... 

- Fez 7 na seleção do Brasil, seu Chico. 

- É o que eu ia dizer. Nem teve graça. Esses brasileiros me deixaram até envergonhado com aquela tal de seleção. Mas não foi por acaso. Os alemães treinaram anos e anos aquelas jogadas. Estilo alemão. O senhor não viu que eles não davam um único drible? Era só passe: um toca pro outro que toca pro terceiro que vem e chuta e gol! Uma seleção robotizada. Cada jogador trazia tudo programado dentro da sua cabeça. Nenhum drible, nenhuma ginga, nenhum enfeite! Tudo retilíneo e uniforme. 

- E ainda ganharam a final da Argentina. 

- Só na prorrogação e depois que a Argentina perdeu três ou quatro chances de gol. E sabe como é que eles festejaram na Alemanha? 

- Uma vergonha, seu Chico! E eu que pensava que os alemães já estavam vacinados depois de perderem duas guerras na corrida. 

- Esse tipo de vacina tem prazo de validade. Não é que eles começaram a debochar dos gaúchos? Mas só depois de voltarem pra Alemanha, se ainda estivessem aqui iam apanhar de relho. Diziam: “Alemão anda assim” – e caminhavam direito. Depois se curvavam e diziam: “Gaúcho anda assim.” 

- É que eles pensavam que gaúcho é só na Argentina. 

- Santa ignorância! E ainda dizem por aí que alemão é uma raça de gente inteligente... Não só ofenderam os argentinos, como os uruguaios e nós, aqui da República Rio-Grandense. 

- É de se esperar que o governador do Rio Grande proteste contra essas ofensas, seu Chico. 

- É de se esperar, mas não espere muito. Veja só o nome dele: Tarso Fernando Herz Genro. É alemão, e de origem judia como a Ângela Merkel, pelo que me consta. 

- Então não existe ninguém que nos defenda! 

- Só nós mesmos. E desde 1845 tem sido assim, com breves intervalos para os governos do Getúlio e do Jango. Mas voltando ao assunto: dizem que o Messi passou mal durante aquela partida contra os alemães. 

- Ouvi falar alguma coisa. Ele teria enjoado, seu Chico? 

- Parece que até vomitou. E eu sei a razão. 

- Qual é? 

- Nojo.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...