segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PALESTINA



Palestina das mães profanadas,
Úteros estilhaçados pelo grotesco sarcasmo
Da maldade,
É grande a noite da tua agonia
Sob as patas pútridas dos perversos.

Palestina devastada, esquartejada
Em sangue, fogo, selvagem cinismo
Da crueldade,
Assolada por covarde sevícia
Sob a brutal barbárie das bestas.

Palestina massacrada, espoliada
Pelos vassalos da vileza, dóceis servos
Da impiedade,
Resistindo em súplice solidão
Sob a torpe tortura dos tiranos.


(Tenho vergonha de ti, Israel,
  Quando te vejo nas ruas
  A passear lamúrias
  De supostas mágoas freudianas
  Troco de calçada.
  Conheço o teu segredo sanguinário.
  Sei de teus sonhos de grandeza,
  Tua ambição e arrogância,
  Teu devotado amor à pilhagem.
  E troco de calçada.
  Não quero ouvir a tua voz falsa,
  Ver teus trejeitos de palhaço envilecido,
  Sentir teu hálito assassino.
  Tenho vergonha do teu olhar covarde.)

Um comentário:

  1. Belo e significativo poema. A tão sofrida Palestina merece esta homenagem. Parabéns!

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