Cercar
o inimigo sempre foi a principal estratégia de todos os exércitos, e
assistimos, agora, os EUA asfixiando a Coréia do Norte, com apoio do trampolim
apelidado de Coréia do Sul; os EUA ampliando o cerco à China, com a
militarização galopante da sua colônia que ainda se chama Japão e que, em
outras épocas, já foi um país independente; os EUA cercando a Rússia através de
“manobras” militares em conjunto com a Geórgia e enviando armas para a Chechênia;
os EUA agredindo os países muçulmanos, principalmente Irã, Líbano e Síria, com
o apoio do seu Estado vassalo Israel; os EUA tomando conta da estratégica
região chamada norte da África, através dos seus primaveris mercenários e de
seus súditos países europeus, cognominados de “aliados”.
Nós, latino-americanos, já estamos
cercados há muito tempo. Desde o século XIX, quando os nossos governos muito
independentes optaram pela submissão. Principalmente os grandes guerreiros dos
nossos governos mansamente muito independentes, responsáveis pelos golpes de
estado e consequentes massacres da população desarmada, quando isso se torna
necessário, uma questão de segurança nacional... dos Estados Unidos.
Os nossos governantes tão
bonzinhos bebem Coca-cola e comem cheeseburguer, gostam muito de futebol e de
novelas, o que provoca uma grande preguiça mental e vontade de terceirizar o
Terceiro Mundo para que os Estados Unidos da América sejam, realmente, de toda
a América.
No Brasil, cantamos, quando muito
insistem, “Ouviram do Ipiranga...”, mas o Ipiranga, que já foi um belo rio,
transformou-se em tímido arroio e suas margens plácidas assistem, placidamente,
ao desfile dos detritos cloacais. Insistiram tanto que o nosso é um povo bom e
pacífico que todos concordaram com a passividade dos domados.
E dos medrosos. Temos medo, muito medo.
Principalmente dos assassinos que entre nós circulam e tem prazer em matar
crianças, invadir favelas, criminalizar a pobreza, assaltar o que deveria ser
público e ainda fazer grandes promessas de um futuro sem desigualdade, cada vez
mais distante.
O nosso é um povo que se acostumou ao
medo e, por falta de bravura e de esperança, entrega-se às drogas diárias da
ilusão e do conformismo. Em troca da nossa cultivada covardia podemos falar
incansavelmente dos heróis dos gramados e repetir as desinformações que os
nossos donos nos permitem ouvir. Estamos cada vez mais acostumados a beijar mãos
e lavar os pés. Deles.
Os demais países da América Latina, em
sua maioria tem povos orgulhosos das suas lutas. O nosso?
O nosso povo assiste noticiários que
dizem que os maus estão cercados e brevemente serão aniquilados por armas atômicas,
caso insistam em não aceitar as ordens dos Estados Unidos e seus domesticados
amigos, que necessitam muito de uma guerra que lhes dará um grande botim, um
grande saque como recompensa e aliviará os seus problemas econômicos.
Provocarão até que a guerra seja inevitável,
porque existem povos que não são carnavalescos o ano inteiro.
Postagem à propósito sobre o que enfrenta a Coréia do norte. Informações e análise sobre o que se passa no nosso desgovernado mundo, fruto de um imperialismo cruel e seus aliados. Parabéns! Toque no ponto.
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