terça-feira, 16 de dezembro de 2014

PETROBRÁS, A P-2 BRASILEIRA



Lula e George Bush, cumprimentando-se como irmãos


A loja maçônica Propaganda 2 foi acusada, nos anos ’80, de ser a principal responsável pela quebra do Banco Ambrosiano de Milão, segundo banco privado da Itália e um dos maiores acionistas do Banco do Vaticano. Uma falência fraudulenta que visava, principalmente, desestabilizar a Igreja Católica Romana. A P-2, que tinha como Grão-Mestre Licio Gelli, foi considerada como ”o Estado dentro do Estado”, e contava entre seus membros jornalistas, parlamentares (incluindo Silvio Berlusconi, mais tarde primeiro-ministro italiano), empresários, líderes militares, o pretendente da Casa de Savóia ao trono italiano, Victor Emmanuel, e os chefes dos três serviços secretos italianos. 

   Além de quebrar o Banco Ambrosiano, a P-2 foi acusada de manipulação no inquérito relativo ao assassinato de Aldo Moro (assassinado pela P-2 e não pelas Brigadas Vermelhas, conforme inicialmente noticiado), do assassinato do Papa João Paulo I, de auxiliar o Sindicato Solidariedade, da Polônia, promovendo Lech Walesa a líder anticomunista, de apoiar a “Triple A” (Aliança Anticomunista da Argentina) e de envolver-se na Operação Gládio – criada pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos, com o objetivo de promover a sabotagem e a guerrilha na parte da Europa ocupada pelo Pacto de Varsóvia nos anos do pós-guerra. 

    Mas o principal objetivo da P-2 era formar uma nova elite política e econômica para uma democracia de extrema-direita e de forma autoritária, e com uma perspectiva anticomunista. Para isso, a P-2 defendia um programa de corrupção ampla. Um de seus documentos descobertos pela polícia italiana durante as investigações, de acordo com o “The Times”, de 23 de maio de 1981: “Os partidos políticos, jornais e sindicatos podem ser os objetos de possíveis solicitações que poderão assumir a forma de manobras econômico-financeiras. A disponibilidade das verbas que não excedam 30 a 40 bilhões de liras parece suficiente para permitir que os homens cuidadosamente escolhidos, agindo de boa-fé, conquistem posições-chave necessárias para o controle geral”. 

    Após o escândalo, a P-2 foi oficialmente dissolvida e alguns dos seus principais membros foram presos ou encontrados mortos. Nada impede, no entanto, que ela continue a existir secretamente. Por seu lado, o Grande Oriente da Itália afastou-se da P-2 e declarou respeitar apenas os maçons honestos. 

    No Brasil, os escândalos de corrupção têm sido tão freqüentes que muitos ficam a se perguntar se o dinheiro desviado das empresas estatais visa unicamente comprar a adesão dos políticos e de outras pessoas situadas em setores-chave da máquina governamental. Observem que partidos como PMDB, PP e outros que apóiam o Governo, o fazem em troca de ministérios, secretarias, autarquias e seus orçamentos. Sem contar o que recebem por fora, a título de “propinas”. 

   E não são somente os partidos políticos. Todos sabem que o Governo conseguiu aliciar grande parte do STF, que foi, como se diz, “aparelhado” para impedir que processos ligados a corruptos governamentais prosperem ou, no máximo, coloquem alguns desses políticos de castigo durante alguns meses. 

    Além do Congresso e do STF, o Governo controla vários jornais e revistas de forte penetração popular, e não seria surpresa se esse controle se estendesse a outras esferas por nós, simples mortais, sequer imaginadas. Os partidos de esquerda afirmam que PT e PSDB são uma e a mesma coisa, distinguidos apenas por siglas que confundem as massas, tendo como objetivo privatizar e entregar as empresas estatais em mãos das multinacionais que representam o império. 

    O PSDB, todos sabem, é um partido de centro-direita que nunca escondeu o seu amor pela ideologia capitalista. O PT passa por ser um partido de centro-esquerda – principalmente para os militantes mais obtusos. Entretanto, desde que assumiu o governo segue a política neoliberal globalizante, mesmo que diga o contrário, e pouco falta para que complete a missão iniciada pelo governo FHC: entregar o país. 

    O escândalo do Petrolão – que deverá estender-se a outras estatais – revela que muito dinheiro tem sido desviado para manobras – como diria a P-2 italiana – “econômico-financeiras”. Qual o objetivo final de tudo isso? Apenas o poder pelo poder, o enriquecimento ilícito sob a certeza da impunidade? Há algo mais. Provavelmente um plano a médio e longo prazo para transformar o Brasil em uma colônia de férias para europeus e norte-americanos. Mais ainda: fazer do Brasil o país dominante no hemisfério sul das Américas, subjugando economicamente os demais países da região, principalmente aqueles que desejam se libertar da ingerência dos Estados Unidos. 

    No meio do caminho há o PSDB, que também deseja uma grande fatia e se ressente de estar alijado do poder e que agora joga com a possibilidade de quebra da Petrobras para obrigar o governo Dilma a privatizar a empresa e perder o seu último trunfo eleitoral: a suposta aversão às privatizações. 

    Sem se dar conta, no entanto, o PSDB faz o jogo do PT, que já está no poder e domina a quase todos com o dinheiro da roubalheira. Fingindo-se de vítima, o PT acabará concordando com a privatização da Petrobras (e de outras empresas), o que acalmará o mercado e dará ao governo Dilma uma boa possibilidade de sobrevivência. 

     E o que tem a ver a Maçonaria com tudo isso, ou, pelo menos a parte “negra” da Maçonaria brasileira? Tudo e nada. Como toda organização secreta, atua nos bastidores, está acostumada a manipular os cordões que seguram os seus fantoches e sabe coabitar com os partidos situacionistas. 

    Não por acaso muitos dos membros do PT se tornaram maçons, depois de abdicarem a todo e qualquer esquerdismo. O próprio Lula, incansavelmente apelidado de ignorante, já foi flagrado dando o aperto de mão maçônico a dirigentes de outros países. Foi e é o cara de confiança de Obama, e o pesquisador mais atento poderá observar que muitos dos cargos importantes do país estão em mãos de maçons. 

     Só para ilustrar: o marido da irredutível Maria das Graças Foster, ainda presidente da Petrobras, chama-se Colin Vaughan Foster. Colin é o Grão-Mestre Distrital da Divisão Norte da Grande Loja Unida da Inglaterra, que tem por Grão-Mestre o príncipe Edward George Nicholas Paul Patrick, primo da rainha Elizabeth. Quem comanda a Grande Loja Unida da Inglaterra, junto com o príncipe, é Peter Lowndes, membro do Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS). A Maçonaria Britânica é um dos braços da oligarquia financeira internacional, e controla alguns dos principais negócios mundiais. 

    O Brasil é dependente econômico da Inglaterra desde a vinda de Dom João VI. Principalmente da casa bancária Rothschild. Recentemente, o Campo de Libra foi leiloado pelo governo brasileiro e arrematado principalmente pela Shell e pela Total (participantes diretas do leilão). Ora, o capital dessas duas grandes petroleiras está sob controle de duas famílias: Rockfeller e Rothschild. O leilão foi um péssimo negócio para o Brasil, que ficou com 41,65% do excedente em óleo. Ou seja, o nosso petróleo naquele campo foi entregue para as multinacionais. 

    E pelo governo do PT. Não é de estranhar que o mesmo governo aproveite para roubar o mais que puder a Petrobras, antevendo que a empresa, cedo ou tarde, será privatizada, e a atual crise na Petrobras servirá como desculpa para a privatização, ainda que gradual, de todas as nossas riquezas do setor energético, tornando-nos cada vez mais dependentes do capital estrangeiro.

3 comentários:

  1. Informações para mim desconhecidas até então. Nada como ter um jornalista ao lado. Muito boa matéria.

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  2. Licio Gelli, o Grande Mestre, veio no mesmo avião que o General Juan D. Perón para a Argentina no ano 1972 ou 1973. O Almirante Emilio E. Masseram mebro da primeir Junta de Governo surgido no Gople de Estado do 24 de março de 1976 foi suspeito de pertencer à Logia Propaganda Due.

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  3. E pergunto?votar em quem, se todos iguais.

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