sexta-feira, 4 de março de 2016

O SIMÃO BACAMARTE DO PARANÁ




Estão usando a Polícia Federal para instrumentalizar o golpe que as Forças Armadas se recusam a dar. A prisão do Lula para prestar depoimento “coercitivo” sobre desinformações plantadas pela Globo, Veja, IstoÉ, Estadão, Folha e demais veículos de comunicação da podre imprensa que faz a cabeça do povo midiatizado é um claro sinal de golpe. E, por trás de tudo, está o juiz Sérgio Moro, que manda prender por ouvir dizer, por ilações, suspeitas sem base. O Estado de direito sumiu e manda lembranças. 

  Sérgio Moro lembra Simão Bacamarte, personagem de “O Alienista”, de Machado de Assis. Simão Bacamarte era um médico muito dedicado aos seus estudos e que foi clinicar em uma cidade do interior. Especializou-se em psiquiatria e construiu um manicômio para abrigar todos os alienados da cidade e região. Conseguiu internar 75% da cidade. Uma clara alusão aos ditadores que acreditam que são os únicos certos no pelotão de passo errado. A diferença de Moro para Simão Bacamarte é que este, ao final do livro, percebe que está errado, solta a todos e se interna, enquanto Moro tem prazer em mandar prender – e há suspeitas, com ou sem base, que os próprios membros do STF têm medo do Moro. 

   Dizem por aí que o Sérgio Moro vai ser candidato à presidência da República, em 2018, e, para ter alguma chance de vitória precisa tirar o Lula do caminho. Não é de duvidar. Em um país onde até bolsonaros e tiriricas são eleitos para a mais alta câmara, um ou outro moro desejando ser Presidente faz parte do que costumam chamar de jogo político. Um jogo viciado, como tudo o que diz respeito à política que conhecemos, onde o povo somente participa durante as eleições, e votando em urnas eletrônicas altamente suspeitas. 

   Resta saber qual o partido que abrigaria Moro na sua legenda. O PSDB seria óbvio demais, assim como o PP, o PTB e todos aqueles partidos que pertencem à oposição declaradamente golpista. Talvez o PMDB, que é o partido mais golpista de todos. Democraticamente golpista. Ou, quem sabe, o Moro prefere fundar um partido? Como se chamaria o partido do Moro? PM – Partido do Moro? PPF – Partido da Polícia Federal? O importante é que tenha um “P”, que lembra partido e polícia. Um “F” também não ficaria mal. Vivemos em momentos de grande inquietação fascista. 

   Quem está por trás do Moro? Há indícios – como diria o próprio Moro – de que as grandes multinacionais do petróleo estão interessadíssimas em promover a desvalorização da Petrobrás e da Eletrobrás para comprá-las a preço vil quando um Presidente estilo Macri (Temer? Aécio? Moro?) tomar o Governo. Acho que “tomar o Governo” é a expressão certa nos tempos que correm. “Assumir o Governo” é demasiado eufemismo. Há um golpe em andamento e o próximo Presidente, depois da deposição de Dilma, terá tomado o Governo – com ou sem eleições. 

   Quem está por trás da Polícia Federal?  A CIA, o FBI, a DEA e todos os demais serviços secretos estadunidenses que trabalham no Brasil com o objetivo claro de usar os meios de comunicação para desestabilizar um governo popular com laivos de nacionalismo. Quem duvida que esses serviços secretos promoveram as passeatas de 2013 e manipulam as grandes redes de comunicação? 

   Ao deixar a Polícia Federal “livre” para as suas investigações, Dilma a entregou à oposição que pactua com organizações estrangeiras. O resultado é que temos uma Polícia Federal a cada dia mais fascista em suas ações e membros do Judiciário e do Ministério Público que se acreditam ditadores.

Um comentário:

  1. Ótimas indagações que vêm à tona no decorrer do texto. É para parar e pensar.

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