terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A MORAL DO GRANDE IRMÃO



Você está gostando do BBB? Logo ficará melhor. O Grande Irmão está atento, principalmente com o Brasil. É um Big Brother muito grande e, por isso, os governantes brasileiros o temem. Observadores internacionais dizem que o presidente do Irã não veio e nem virá ao Brasil – que ainda é o maior país do continente, se acrescentarmos a Amazônia que deveria ser brasileira, mas agora é da Dilma – porque o atual governo não “sinalizou” a respeito. Medo.

     Já imaginaram se Dilma convida o presidente do Irã? A imprensa que hoje é “oposicionista” se uniria à imprensa que hoje é “situacionista” para lapidar a nossa quieta presidente. Tão quieta, que prefere ter ministros acusados de corrupção a demiti-los. Pelo visto, as férias na Bahia lhe deram régua e compasso. Compasso de espera até as próximas eleições. Demitir ministro, agora, só se for devido a uma corrupção tão escandalosa que ameace o seu governo(?).

     O OLHO ARREGALADO DO GRANDE IRMÃO

     O Grande Irmão está de olho em Dilma. Afinal de contas, o Barack Obama não veio ao Brasil, ano passado, apenas para tomar café da manhã com a presidente e suas amigas ministras. O representante do Grande Irmão veio dar alguns recados pessoais à representante do Pequeno Irmão. Muito pessoais. Tão pessoais, que não sabemos. O que sabemos é que assinaram acordos bilaterais. Antes, em 2010, o Lula tinha assinado um “acordo de cooperação militar com os Estados Unidos”. Assim, se e quando os Estados Unidos entrarem em guerra com o Irã (ou com qualquer outro país), se necessário o Brasil poderá ser convidado pelo Grande Irmão a participar do evento bélico, ajudando de alguma maneira a aterrorizar aquela parte do mundo.

     Já fazemos o papel de gendarmes no Haiti, ocupado pelos Estados Unidos. Logo estaremos participando da operação “cercar Chávez”, junto com a Colômbia. A desculpa será o combate ao narcotráfico. Ou às FARCs. Por que será que todos falam nas FARCs e não no ELN (Exército de Libertação Nacional), o outro grupo guerrilheiro da Colômbia? Tampouco a mídia uniformizada fala no EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional), o maior exército guerrilheiro do México. E outros movimentos guerrilheiros da América latina, porque não são citados? Porque a mídia é do Grande Irmão, que não é nada sexy e revela a sua potência nas armas nucleares que acumula em silos como os de Israel, o seu território na Palestina.

     Israel desenvolveu um míssil, chamado Jericho III, que, com uma carga possível entre 1000Kg a 1300Kg, é capaz de transportar uma ogiva de 750Kg, com um alcance entre os 4800Km e 11500Km, podendo alcançar toda a Europa ou todo o Oriente. É o braço armado do Grande Irmão no Oriente Médio. Para além das armas nucleares, Israel possui ainda diversas armas químicas e biológicas, mais uma vez não sendo signatária ou tendo ratificado qualquer tratado relativo a este tipo de armas.

     MORDECHAI VANUNU

     O judeu Mordechai Vanunu, indicado para o prêmio Nobel da paz, escreveu uma carta para a Academia de Estocolmo e disse que não o queria. Disse que não pretendia figurar numa lista de agraciados que incluía Shimon Peres, o artífice das bombas nucleares israelenses. Mas depois aceitou o Prêmio Nobel Alternativo em 1987, e também o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Tromsø em 2001.

     A história de Mordechai Vanunu, o judeu mais perseguido pelos judeus, também não é contada pela imprensa amestrada. O Grande Irmão não deixa.

     Entre 1976 e 1985, Vanunu foi empregado como técnico no Centro de Pesquisas Nucleares de Negev, localizado no deserto de Negev, ao sul de Dimona. Agências de inteligência internacionais estimam que Israel desenvolveu armas nucleares já na década de 1960, embora o país mantivesse durante tal período uma política ambígua, nem afirmando ou negando a existência de armas atômicas.

     No início de setembro de 1986, Vanunu viajou para Londres com o jornalista Hounam e, violando seu compromisso de não revelar nada do programa nuclear israelense, desvelou o que sabia a respeito do programa para o jornal The Sunday Times, entregando inclusive fotografias que havia tirado secretamente durante sua estada em Dimona. Em 1986, foi raptado em Roma por agentes do serviço secreto israelense (Mossad), e levado de volta a Israel, onde foi julgado e condenado por traição.

     - "Eu não sou traidor ou espião – disse Vanunu. - Só queria que o mundo soubesse o que estava acontecendo". Ele também disse: - "Nós não precisamos de um Estado Judeu. Necessita-se de um Estado Palestino. Judeus podem, e têm vivido em qualquer lugar, logo não há necessidade de um Estado Judeu". Depois de muitos anos na prisão, Vanunu está sob liberdade vigiada em Israel.

     Israel pode ter bombas atômicas, o Irã não. Na verdade, nenhum país deveria ter o direito de desenvolver armas nucleares, mas que moral tem um país como os Estados Unidos, que desferiu dois ataques atômicos sobre civis na II Guerra Mundial, para impedir que outros países tenham as mesmas armas para a sua defesa?

     A moral do Grande Irmão, talvez. A moral do mais bem armado, como nos filmes de farwest. A moral dos que não tem moral.

     Mas Dilma não precisa ficar assustada: o presidente do Irã não virá ao Brasil. O Grande Irmão do Norte proíbe que ela o receba.

3 comentários:

  1. Interessa perceber a promiscuidade entre governos que resulta das seitas secretas que dominam o grande capital do mundo, como a maçonaria. Por este lado essa gente faz muitas das suas!

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  2. O comentário é de José Solá

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  3. A moral do "Grande Irmão" é imoral. A não ser pelo poder bélico (cada vez mais bélico), não consigo entender essa irmandade que ainda continua a cultuar os Estados Unidos da América, como o país dos sonhos. Boa postagem! Boas informações!
    Lidia.

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