quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EU NÃO DILMEI. VOCÊ DILMOU? ELA DILMÊS.


Em época de dilmárias, quando o dilmês – a nova língua que está sendo adotada por membros do dilmístico Poder Executivo, e de outros poderes não tão executivos – aos poucos está substituindo o português, algumas pérolas dessa nova língua,– que mais parece nordestinês - oferecidas pela sua criadora, Dilma Roussef, colhidas aqui e ali, em sites, blogs e outros que tais.

     Sobre as mulheres:

     -"Nós, mulheres, também sabemos de uma outra coisa que está nas nossas mãos, que é o futuro do nosso país. Nós temos que construir. Não vamos deixar que as coisas deem um passo e voltem atrás. Nós inauguramos uma época que tem duas características. Essa transformação que vocês estão vendo aqui no Rio. A segunda é uma palavra fundamental, que cada um de nós, homens e mulheres, somos responsáveis por ela: é a esperança que temos em nossos corações. O nosso país mudou e essa mudança é para ficar."

     Sobre a terceira idade:

     - “Nós temos uma coisa que é uma vantagem. O tal do bônus demográfico, né, o tal do bônus demográfico nada mais é que é isso: a sua população em idade ativa, idade de trabalhar, é maior que a sua população dependente: o jovem, criança e velho”.

     - “Mais de terceira idade, porque a terceira idade tá ficando difícil, né, a gente vai tê de estendê ela um pouco mais pra lá”.

     Sobre a sua idade:

     - “Eu fiz uma brincadeira porque eu não tenho vergonha de dizê, porque são muito bem vividos, eu tenho 62 anos, tô ino pros 63”.

     - “Não, tô ino pros 63, eu nasci no final de 1947, eu vô fazê 63 em dezembro desse ano, rá, rá. Tirá um ano de mim, não”.

     No debate da Record:

     (1) “Nós podemos dividir a história do pré-sal em dois momentos: antes do pré-sal e depois do pré-sal.”

     (2) "Um elemento fundamental de SEGURANÇA pública é a política PREVIDENCIÁRIA".

     No debate da Globo:

     “Nós registramos todas as doações que são oficiais na minha campanha, todas elas, no… na…. no Tribunal Superior Eleitoral. E gostaria de deixar claro que todas as doações são oficiais. Lamento os risos de quem tem outras práticas. A minha não é essa”.

     Sobre futebol:

     - “Eu vi. Você, veja. Eu já vi, parei de ver. Voltei a ver e acho que Neymar e o Ganso têm essa capacidade de fazer a gente olhar”.

     Sobre a Teoria da Relatividade:

     - "Agora trata-se de ampliar o futuro que chegou no presente."

     Sobre a cultura:

     - "Eu tenho um projeto muito claro para a cultura". "No governo Lula, nós fizemos dois movimentos pra cultura (...). Desse projeto, faz parte o vale-cultura e faz parte também o processo pelo qual nós estamos levando não só bibliotecas, mais cinemas e espaços multimídia para as cidades do Brasil. Porque nós constatamos que houve um processo, viu Sérgio, terrível de redução no Brasil das salas de cinema. Você hoje tem em poucas cidades do Brasil, do interior do Brasil, cidades grandes, médias e pequenas, cê tem sala de cinema"

     - "E tem uma terceira coisa que é muito importante. É que nós temos também de respeitá os locais onde a cultura se manifesta de forma mais intensa no Brasil, como é o caso do Rio de Janeiro, que tem uma simbologia muito grande pro Brasil. Nós sabemos que o que acontece no Rio de Janeiro, não é pretensão sua, viu Serginho, falo eu, falo eu, acontece no Brasil e no mundo. O Rio de Janeiro tem essa capacidade di fomentá a cultura, di torná a cultura um grande acontecimento pro país. Portanto, muitas vezes o Rio de Janeiro vai sê o local que os outros estados vão utilizá pra podê afirmá a sua cultura específica. Porque na verdade o Rio de Janeiro tem esse componente de sê o Brasil, de sê do Brasil, né? O que acontece aqui nós todos brasileiros encaramos como sendo do Brasil".

     Sobre suas futuras viagens:

     - “Pretendo ter na minha retaguarda um presidente competente, presidente em exercício que possa assumir de fato as tarefas que precisam ser assumidas”.

     Sobre a língua portuguesa:

     - "Nós criamos uma língua própia, que é a língua brasileira, através de uma série de casamentos que ao longo do processo foram feitos com as línguas de origem indígena, o bantu e outras…”.

     - “Desculpa, a tupi e outras. E com toda a descendência nossa africana também, o bantu e outras”.

     - "Tudo isso mostra que nós temos de valorizá a língua portuguesa. Porque não existe como uma criança ou um jovem, se ele não se apropiá, não existe como se ele não se apropiá da língua portuguesa e da matemática de ele tê acesso aos outros conhecimentos. Está provado isso”.

     Sobre o tamanho da Lei Maria da Penha:

     - “Eu quero dizê que eu vou sê implacável com o comprimento da Lei Maria da Penha”.

     Sobre São Paulo:

     - “Eu me sinto ainda mais paulistana estando aqui. Aliás, muito próxima desta cidade e deste Estado que acolhe a gente nessa grandeza generosa, em relação aos Estados da Federação”.

     Sobre questões sociais:

     - “O que é uma questão relativa à religião é o casamento entre homossexuais, que aí fica afeito às religiões. A questão da união civil é uma questão de direitos civis de cidadãos”.

     Sobre a ameaça ecológica:

     - “O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável. E isso significa que é uma ameaça pro futuro do nosso planeta e dos nossos países”.

     Sobre pecuária:

     - “Estamos hoje naquela fase do bezerro estar estranhando a vaca, e vice-versa, a vaca estranhando o bezerro”.

     Sobre a língua portuguesa:

     - “Recomendo a todos uma visita ao Museu da Língua Portuguesa. Fui de manhã. Além do acervo, tem uma temporária fantástica do Fernando Pessoa”.

     Agora entendo o apoio de tantos intelectuais à sua candidatura.

     O augusto escritor Magnus Morphéticus, que não concorreu ao prêmio Jaboti porque não é amigo do Rei - apesar de ter escrito livros de extrema profundidade como o famoso “Brasilis in Profundis Inermias” – mandou para este blog uma poesia em Dilmês arcaico, chamada

“TROLOLÓ”

“Ó Dilma de dílmicas dilmícias!
Não dilmai em dilminístrico dilmês!
Sede dilclara, parecei dilmínima...

“Pois dilmarlástrese dilmarlulês
Seria, dilmarendus dilmarícias,
Dilmarenesis dilmaicos dilmarínios.

“Dilmar dilmarcaico dilmarenês?
Dilmaranar dilmarânsfrugas dilmarsquícios?
Dilmaríeis dilmarcasmos dilmarquínius...

“Lembrai:

“Antes dilmar dilmarúvias dilmarescentes
A dilmarenar dilmarelesmas dilmíticos!”

     Bela poesia, onde se pode apreciar a perfeição da métrica, a elegância da rima, o perfeito domínio do dilmês arcaico, talvez clássico. O autor, poeta maior da nossa língua mátria, soube apreciar o momento histórico para aconselhar, com encanto e sobriedade, a quem dilmarnará nossos destinos. Bravo!

Um comentário:

  1. Engraçadíssimo! Na verdade: tragicômico. E é a Dona Dilma que teremos regendo nossos destinos nos próximos anos. Triste!
    Lidia.

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