quinta-feira, 3 de novembro de 2011

PREPARA-SE A GUERRA



Prepara-se a guerra. Estados Unidos, Inglaterra e Israel comunicam ao mundo que invadirão o Irã. Só não sabem exatamente o dia certo. A grande questão é o dia certo, porque está tudo sendo planejado. Israel utilizará os seus mísseis de longo alcance, provavelmente com ogivas nucleares. Estados Unidos e Inglaterra darão o apoio tático necessário, por terra, mar e ar.

     Já estão cansados do que chamam de “regime dos aiatolás”. Essa coisa de Islamismo é muito perigosa para o império. Principalmente quando resolve desmascará-lo. Fizeram o teste com a Líbia de Kadhafi e deu certo. A Síria é o próximo alvo, depois o Irã. Ou o contrário. O importante é que os regimes que tem como base a religião muçulmana desmoronem através das redes sociais ou sejam desmoronados através da guerra.

     O Islã é o último inimigo do império. Ou melhor, o império coloca-se como inimigo declarado do Islã. Prepara-se a guerra e nada poderá impedi-la. Nem os desempregados dos Estados Unidos, nem os indignados da Europa.

     O sistema capitalista tem o mau hábito de fazer guerras sempre que entra em crise. Por duas razões. A primeira é a destruição do inimigo. A segunda é tentar unir o povo, com o apoio da mídia amestrada, em torno de uma causa comum. Com uma bela guerra acabam-se as indignações, porque acena-se para o povo que o botim será dele e que terá empregos e riquezas resultantes do saque.

     O império não sobreviveria sem os seus grandes exércitos, porque é devido a eles que se impõe. Como não fazer a guerra se a gigantesca indústria bélica assim o exige?

     É simples fazer a guerra. Primeiro cria-se uma crise mundial; depois aponta-se para o inimigo como principal responsável pela crise. A mídia ufanista dirá que o inimigo deverá ser destruído para que a crise acabe. Os países em crise unem-se. O povo dos países em crise sente-se na obrigação moral de concordar com o que os donos da guerra dizem que é o certo. E os movimentos anti-capitalismo que estão surgindo por toda a parte serão dissolvidos.

     Na verdade, não são verdadeiros movimentos anti-capitalismo. São movimentos de desespero. Os povos dos grandes países, depois de décadas de crescimento, estão conhecendo a fome e o desemprego. Estão percebendo que vivem em um sistema bancário, apelidado de democrático. São movimentos de conscientização.

     Foi assim em 1914 e em 1939 e em outras datas igualmente famosas. Crises recessivas e depois a guerra. Depois, será fácil demonizar o inimigo vencido.

     A guerra ou a implosão do capitalismo, que já esteve por implodir várias vezes, mas optou pela guerra.

     Os indignados do mundo inteiro continuarão indignados, mas quietos. O sistema aposta na sucessão das gerações, nos brinquedos tecnológicos e nas redes sociais para apaziguar as pessoas. Para amansá-las.

     Será perfeito para o sistema uma guerra logo após o Natal, no ano em que o mundo deverá acabar. Os mais crentes acreditarão que é somente o fim do mundo. E rezarão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça o seu comentário aqui.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...