Silêncio tenso, encolhido,
Como águia medrosa,
Entorpecida em asas esquecidas.
Silêncio esquecido, sentido,
Ansioso de olhares antigos
A desvendar solidões.
Silêncio dos sonhos e devaneios
A esconder-se eternamente
Da sua figura fantasmal.
Silêncio do desamor,
Que não chora nem mais espera
Um resto de piedade dolorida.
Silêncio das tumbas inertes,
Desesperando da falsa eternidade
E a querer gritar seu escravo silêncio.
Denso,
Espreitando sombras,
Temendo desvanecer-se
Em ruídos hostis,
Perder-se
Na loquacidade das horas...
Inebriante silêncio de cores opacas,
Preso na solidão do imenso instante...
Solícito com as reverentes vozes internas
Que o emolduram,
Insinuam,
Afogam em brasas o seu quase dizer.
Sóbrio,
Solene,
Imerso em pureza claustral.
Bela poesia! Ah! O silêncio! No Sentido de cada um, sempre no seu dizer silencioso. Parabéns!
ResponderExcluirLidia.
A melhor poesia que já escreveste !
ResponderExcluirCarlos Costa